Três FIIs que custam menos de R$ 10 e são recomendados para comprar agora

Embora o valor de entrada seja pequeno, esses fundos tiveram taxa de retorno com dividendos de até 15% nos últimos 12 meses

Wellington Carvalho

Publicidade

Levantamento do InfoMoney com dados da Economatica, plataforma de informações financeiras, listou 16 FIIs com cotas custando menos do R$ 10 atualmente – considerando apenas as carteiras mais negociadas na Bolsa e incluídas no Ifix, índice que reúne os principais fundos do mercado. Três deles têm atualmente recomendação de compra.

Embora o valor de entrada seja pequeno, esses fundos oferecem, em alguns casos, uma taxa de retorno com dividendos (dividend yield) superior ao atual patamar da taxa Selic, de 13,75% ao ano, referência para as aplicações de renda fixa. Confira a lista.

Os fundos imobiliários captam recursos entre os investidores para a compra de imóveis que, posteriormente, podem ser alugados ou vendidos. As receitas obtidas nas transações – locação ou ganho de capital – são distribuídas entre os cotistas, na proporção em que cada um aplicou.

Os rendimentos repassados aos investidores, na forma de dividendos, são isentos de Imposto de Renda – um dos principais atrativos do produto.

Ao longo dos anos, o mercado de fundos imobiliários se desenvolveu e hoje há fundos focados desde a administração de escritórios até imóveis rurais, passando por shoppings, galpões logísticos, hospitais e agências bancárias, além dos FIIs de “papel” – que investem em títulos de renda fixa atrelados a índices de inflação e à taxa do CDI (certificado de depósito interbancário).

Da lista dos FIIs mais acessíveis do mercado, três ainda contam com recomendação para compra. São eles: XP Selection (XPSF11), BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCI11) e Valora RE (VGIR11).

Continua depois da publicidade

Do tipo FoF – que investe em cotas de outros FIIs –, o (XPSF11) apresenta hoje um portfólio equilibrado, mesclando fundos de “tijolo” – que investem diretamente em imóveis – e de “papel”, aponta Richardi Ferreira, analista do BB Investimentos.

“Essa composição, além de preservar certo potencial de valorização do portfólio (com os fundos de “tijolo”), confere à cota um rendimento [com dividendos] acima da média dos principais FoFs do mercado”, destaca Ferreira em relatório do BB.

Já a Órama Investimentos tem entre suas recomendações o (VGIR11), FII de “papel” que tem atualmente 96% dos títulos investidos indexados à taxa do CDI – que acompanha a variação da taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano.

Continua depois da publicidade

“A recomendação no fundo tem como base o cenário de manutenção de juros em patamares elevados, considerando a concentração da carteira em operações CDI mais uma taxa média de 4,9%”, sinaliza relatório recente da Órama assinado por Anna Clara Tenan, analista da corretora.

Para quem busca proteção contra a inflação, a alternativa pode ser o BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCI11), que tem recomendação de compra do próprio BTG Pactual.

De acordo com o último relatório gerencial do fundo – cuja cota foi negociada por R$ 9,33 na última sexta-feira (26) – 77% dos títulos presentes no portfólio da carteira são corrigidos pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampla).

Continua depois da publicidade

Cotas do FII mais popular do mercado custam pouco mais de R$ 10

Por alguns centavos, a lista dos FIIs cujas cotas custam até R$ 10 não ganharia o décimo sétimo elemento: o Maxi Renda (MXRF11), fundo mais popular do mercado com mais de R$ 823 mil cotistas.

Atualmente, os papéis do fundo híbrido – que investe em mais de uma classe de ativo – são negociados na Bolsa por aproximadamente R$ 10,60.

No primeiro trimestre, a carteira distribuiu dividendos de R$ 0,35 por cota, montante que representa um aumento de 24% na comparação com o repassado no trimestre anterior.

Continua depois da publicidade

O portfólio do fundo é composto por certificados de recebíveis imobiliários (73%), cotas de outros FIIs (17%), permutas financeiras (6%) e caixa (3%). Os dados fazem parte do último relatório gerencial divulgado pela carteira.

Leia também:

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.