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O fundo imobiliário de renda urbana Rio Bravo Renda e Varejo (RBVA11) assinou compromisso para a venda de duas agências alugadas para a Caixa Econômica Federal. O valor do negócio está avaliado em R$ 10,75 milhões.
Os imóveis estão localizados em Rio Claro e Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, conforme aponta fato relevante divulgado pela carteira.
O fundo já recebeu metade do valor da transação e o saldo remanescente será quitado na assinatura da escritura, prevista para o segundo semestre de 2023. Até lá, a carteira ainda terá direito a 50% do aluguel dos espaços.
De acordo com o Rio Bravo Renda e Varejo, a transação está em linha com a estratégia de reciclagem de portfólio e deve gerar um ganho de capital de R$ 2,4 milhões – ou R$ 0,21 por cota.
Pelos cálculos da gestão, o valor da venda foi 32% superior ao custo de aquisição dos imóveis e 57% acima do valor do laudo de avaliação – espécie de preço justo dos espaços.
“Os imóveis têm contratos de locação que vencerão nos próximos três anos; portanto, a venda também deve reduzir o risco de renovação e aumentar o prazo médio de vencimento dos contratos do fundo”, destaca comunicado ao mercado.
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Desde o início da estratégia de reciclagem do portfólio, em janeiro de 2023, o Rio Bravo Renda e Varejo já vendeu R$ 117 milhões em imóveis, com um ganho de capital de R$ 36 milhões.
“Além disso, a diferença entre o valor de laudo de avaliação e o valor efetivo de venda, de R$ 27,9 milhões, demonstra a geração de valor para o fundo em uma estratégia de alienação bem executada”, pontua comunicado da carteira ao mercado.
Antes da última transação, o fundo contava com 77 imóveis no portfólio que, juntos, somavam uma área bruta locável (ABL) de 197 mil metros quadrados.
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Atualmente, RBVA11 aluga imóveis para nomes como Santander, Grupo Pão de Açúcar (GPA), Centauro, Renner, Itaú e Coco Bambu.
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Ifix hoje:
Na sessão desta quinta-feira (22), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou com queda de 0,12%, aos 3.099 pontos. Confira os demais destaques do dia.
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Maiores altas desta quinta-feira (22):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
VTLT11 | Votorantim Logística | Logística | 4,07 |
CARE11 | Brazilian Graveyard and Death Care | Cemitérios | 4 |
RBRF11 | RBR Alpha | Títulos e Val. Mob. | 2,65 |
TEPP11 | Tellus Properties | Lajes Corporativas | 2,3 |
MCCI11 | Mauá Capital | Títulos e Val. Mob. | 1,62 |
Maiores baixas desta quinta-feira (22):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
SARE11 | Santander Renda | Híbrido | -3,13 |
DEVA11 | Devant | Títulos e Val. Mob. | -2,74 |
XPCI11 | XP Crédito Imobiliário | Títulos e Val. Mob. | -1,12 |
BTAL11 | BTG Pactual Agro | Agro | -1,09 |
HGRU11 | CSHG Renda Urbana | Renda Urbana | -0,99 |
Fonte: B3
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FII TORD11 tem mais um mês de desafios com inadimplência e renegociação de CRIs
A inadimplência de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e a respectiva renegociação dos títulos fizeram a diferença mais uma vez no resultado do FII Tordesilhas EI (TORD11), que há quatro meses não distribui dividendos.
Do tipo híbrido – que investe em mais de uma classe de ativos –, o TORD11 tem priorizado a manutenção de caixa para suprir necessidades de capital dos investimentos da carteira que ainda não geram receita.
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Atualmente, 47,5% do portfólio do Tordesilhas EI está concentrado em equities – participação do fundo no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários para a futura venda de unidades ou cotas. Os CRIs representam 17,8% da carteira.
A situação dos certificados de recebíveis do TORD11 prejudica a operação do fundo, como destaca o relatório gerencial divulgado nesta quarta-feira (21).
“A receita apurada em regime de caixa dos CRIs no mês de abril (que geraria dividendos em maio) é explicada pelo não recebimento das operações inadimplentes e das operações em que foram concedidas carência de pagamento”, explica o documento.
O último repasse de dividendos feito pelo TORD11 ocorreu em fevereiro – referente aos resultados de janeiro. Na oportunidade, o fundo distribuiu R$ 0,05 por cota aos seus mais de 104 mil investidores.
Diante da situação, o Tordesilhas EI acumula perdas de mais de 46% em 2023, mesmo com a alta de quase 16% observada no mês passado.
Dividendos hoje
Confira a lista dos FIIs que distribuem dividendos nesta quinta-feira (22).
Ticker | Rendimento | Rentabilidade |
ELDO11B | R$ 6,45 | – |
[ativo=HILG11] | R$ 1,72 | – |
RZAK11 | R$ 1,25 | 1,31% |
RZAT11 | R$ 1,20 | 1,23% |
AFHI11 | R$ 1,10 | 1,14% |
OURE11 | R$ 1,00 | 1,23% |
BARI11 | R$ 0,94 | 1,09% |
ALZM11 | R$ 0,85 | 0,92% |
BLMC11 | R$ 0,84 | 1,04% |
OUFF11 | R$ 0,72 | 1,07% |
RECX11 | R$ 0,60 | 0,93% |
OULG11 | R$ 0,41 | 1,00% |
WTSP11B | R$ 0,19 | – |
OGHY11 | R$ 0,13 | 1,29% |
MANA11 | R$ 0,12 | 1,20% |
Fonte: StatusInvest
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Giro Imobiliário: FIIs com dividendos acima da Selic de 13,75% se multiplicam; confira 16 que pagam até 17%
O mercado de FIIs vive uma espécie de contagem regressiva para o início da redução da taxa básica de juros da economia. Mas enquanto o movimento que beneficiaria o produto não ocorre, alguns fundos ostentam dividend yield (taxa de retorno com dividendos) acima da Selic.
Levantamento do InfoMoney com dados da Economatica, plataforma de informações financeiras, lista 16 FIIs que apresentaram, nos últimos 12 meses, dividend yield acima de 13,75% ao ano, atual patamar da Selic. O número é maior do que os 12 observados no estudo realizado em maio.
O levantamento toma como base apenas os fundos que compõem o Ifix – índice dos FIIs mais negociados na Bolsa – e que, no período, tenham tido retorno total (valorização da cota mais distribuição de dividendos) positivo.
Com um dividend yield de 17%, o JPP Allocation encabeça a lista. Na sequência, aparecem o Riza Akin (RZAK11), Cartesia Recebíveis (CACR11) e Ourinvest JPP (OUJP11). Confira a lista completa.
FIIs de “tijolo” no radar do mercado com eventual redução dos juros nos próximos meses
Os FIIs também vêm se beneficiando da volta do apetite por risco. O IFIX, menos volátil que o Ibovespa, sobe cerca de 13% desde a mínima do ano, em março. A bola da vez desse mercado são os fundos de “tijolo”, que investem em imóveis físicos, como shoppings, galpões logísticos e lajes corporativas.
Esse segmento é mais sensível a juros, já que taxas altas estimulam a contração da economia, fazendo com que empresas hesitem em expandir e alugar novos escritórios, varejistas fechem lojas em shoppings e desistam de abrir centros de distribuição em galpões logísticos. Agora, com o corte da Selic mais próximo, investidores se animam novamente com os fundos de “tijolo”.
Marcos Baroni, analista e especialista em FIIs da Suno Research, alerta que investidores devem ir além das taxas de juros para analisar se vale a pena investir em FIIs agora. “Os fundos imobiliários são afetados por vários setores, como varejo, indústria e tecnologia. Portanto, é preciso analisar como a queda de juros vai impactar a economia real”, explica.
Para Baroni, o movimento de alta nas cotações de fundos imobiliários “não é otimismo, é correção de assimetrias, já que os preços estavam muito descontados”.
Mesmo com as ponderações, o cenário é, sim, convidativo para investir em fundos de “tijolo”. “Cada segmento tem oportunidades por motivos diferentes: os administradores de shoppings reviram seu mix de lojas para se defender contra a vacância, os fundos com galpões ainda são importantes para cobrir um déficit muito grande de logística no Brasil e os híbridos e de renda urbana têm contratos mais longos, o que os beneficia nesse momento”, afirma Baroni.
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