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Com um passivo total (endividamento) de mais de R$ 200 milhões, o fundo comunicou ao mercado mudanças no pagamento de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) – títulos de dívida – emitidos pela carteira, que resultarão em rendimentos menores distribuídos a cada mês.
“O investidor perde quando recebe o dividendo [mais elevado] e o fundo não paga [corretamente] o credor”, afirma. “O patrimônio dele [investido no FII] diminui e, no médio prazo, isso não é favorável”, diz Politi, que não vê sentido em prolongar uma dívida que sairá mais cara do que o montante de dividendo recebido pelo investidor ao longo do tempo.
A dívida total do RECT11 está hoje em R$ 194 milhões, corrigida pelo IPCA mais um prêmio – que pode chegar a 8,25%.
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Em entrevista ao programa Liga de FIIs, produzido pelo InfoMoney, o gestor do RECT11 explicou que a captação de recursos seria uma alternativa para amortizar o endividamento. No entanto, acrescenta, a cota do fundo está atualmente abaixo do valor patrimonial – o que inviabilizaria a oferta de novos papéis.
Diante disso, o fundo decidiu alterar o cronograma de pagamentos de certificados de recebíveis imobiliários (CRI), títulos de dívidas emitidos para a aquisição de imóveis.
Entre as mudanças, está a amortização extraordinária de R$ 7,6 milhões dos CRIs relacionados à aquisição do edifício Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
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A medida foi aprovada em assembleia que reuniu os credores do REC Renda Imobiliária. O encontro definiu ainda outras ações como pagamentos mensais no valor de R$ 1,3 milhão durante doze meses e uma nova amortização de R$ 3,9 milhões em junho de 2023.
Diante do cronograma, o fundo confirmou a redução no montante de dividendos que será distribuído aos cotistas no período.
“Os pagamentos mencionados acima são caracterizados como despesa financeira caixa e, portanto, reduzirão o resultado caixa mensal do fundo”, contextualiza o documento. “Estima-se que o novo patamar de distribuição mensal de rendimentos fique em torno de R$ 0,40 por cota a partir do mês de maio de 2023”, confirma.
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No último mês, o RECT11 pagou aos seus mais de 74 mil investidores R$ 0,54 por cota, equivalente a um retorno mensal com dividendos de 1,03%. Em 12 meses, o percentual está em 12,07%.
Politi lembra ainda que o fundo negocia a venda de imóveis – cuja receita poderia abater a dívida da carteira –, mas pondera que o atual momento do mercado não está tão favorável para a transação.
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Na sessão desta quarta-feira (31), as cotas do RECT11 também operam em queda. Às 10h31, os papéis registravam perdas de quase 2%.
Confira a entrevista completa com Moise Politi na edição desta semana do Liga de FIIs. Produzido pelo InfoMoney, o programa vai ao ar todas as terças-feiras, às 19h, no canal do InfoMoney no Youtube. Você também pode rever todas as edições passadas.
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Ifix hoje
Na sessão desta quarta-feira (31), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou com alta de 0,35%, aos 3.013 pontos.
Maiores altas desta quarta-feira (31):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
LVBI11 | VBI Logístico | Logística | 2,22 |
KNRI11 | Kinea Renda Imobiliária | Híbrido | 2,22 |
RCRB11 | Rio Bravo Renda Corporativa | Lajes Corporativas | 2,19 |
CARE11 | Brazilian Graveyard and Death Care | Cemitérios | 2,13 |
MCHF11 | Mauá Capital Hedge Fund | Títulos e Val. Mob. | 2,02 |
Maiores baixas desta quarta-feira (31):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
RBRP11 | RBR Properties | Híbrido | -3,14 |
RECT11 | REC Renda Imobiliária | Híbrido | -2,64 |
HGRE11 | CSHG Real Estate | Lajes Corporativas | -1,76 |
PATL11 | Pátria Logística | Logística | -1,6 |
GALG11 | Guardian Logística | Logística | -1,59 |
Fonte: B3
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Dividendos hoje
Confira os FIIs que distribuem dividendos nesta quarta-feira (31):
Ticker | Rendimento | Rentabilidade | |
VLOL11 | R$ 16,30 | – | |
VLOL11 | R$ 1,86 | – | |
BTRA11 | R$ 0,80 | 1,00% | |
[ativo=BTSI11] | R$ 0,72 | – | |
EDGA11 | R$ 0,15 | 0,77% |
Fonte: StatusInvest
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FIIs “gigantes” abrem caminho para novas ofertas de fundos – que podem chegar a R$ 8,8 bilhões
Estagnadas nos últimos anos, as emissões de novas cotas dos fundos imobiliários parecem ganhar força em meio à recuperação dos FIIs negociados na Bolsa. Atualmente, há uma expectativa de captação de até R$ 8,8 bilhões considerando ofertas em andamento ou em análise.
O otimismo do mercado em relação à retomada das emissões passa especialmente pelo tamanho das ofertas e dos FIIs que estão captando recursos – dois deles estão entre os maiores em número de cotistas.
“Os gestores estão atentos a novas oportunidades tanto para aquisição de novos ativos como para o aumento de participação em imóveis que já estão no portfólio”, avalia Carlos Daltozo, analista da Eleven Financial. Ele cita o exemplo do XP Malls (XPML11), que anunciou uma oferta de R$ 300 milhões.
Com o recurso, o fundo de shopping planeja adquirir mais 6% de participação indireta no Shopping da Bahia, em Salvador (BA), e novas frações de empreendimentos em São Paulo que já fazem parte do portfólio da carteira – a terceira maior do mercado em número de cotistas, 312 mil.
“Nós ficamos muito tempo sem novas ofertas de fundos de ‘tijolo’ [que investem diretamente em imóveis] e agora estamos vendo a realização dessas ofertas com maior frequência”, pontua Daltozo.
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Fundos imobiliários dos EUA, REITs superam resultado esperado – mas dividendos ficam abaixo da média
Os balanços de mais de 200 REITs – ou Real Estate Investment Trusts – mostraram que as versões americanas dos fundos imobiliários, de modo geral, superaram as expectativas do mercado no primeiro trimestre de 2023.
Dentre 92 REITs que anunciaram uma projeção de resultado (guidance) para o fluxo de caixa – tecnicamente chamado de Funds From Operation (FFO) – deste ano, 43% revisaram os números para cima. Apenas 6% reduziram as estimativas.
“Considerando o Net Operating Income [NOI, ou receita operacional líquida] , outra métrica importante para o setor, aproximadamente 50% revisaram o guidance para cima”, aponta relatório de Guilherme Morais, analista da VG Research, ressaltando que muitos tiveram crescimento de receita no período.
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O mesmo não aconteceu com os dividendos distribuídos pelos REITs. Morais comparou o valor pago pelos instrumentos com o fluxo de caixa e concluiu que o resultado atual está abaixo da média dos últimos 20 anos.
CVM adiciona regras especiais para FIPs, FIIs, ETFs e FMPs à nova instrução de fundos
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou nesta quarta-feira (31) que acrescentou nove anexos referentes ao texto da instrução CVM 175 – regulação que muda as regras do segmento de fundos de investimento.
A autarquia informou que os anexos fazem referência a especificidades de fundos imobiliários (FIIs), ETFs (fundos de índice), fundos de investimento em participações (FIPs), fundos mútuos de privatização (FMPs-FGTS), fundos de investimento na indústria cinematográfica nacional (Funcine), fundos mútuos de ações incentivadas (FMAI), fundos de investimento cultural e artístico (Ficart), fundos previdenciários e fundos de investimento em direitos creditórios de projetos de interesse social (FIDC-PIPS).
“Em um primeiro momento, divulgamos os anexos do FIF e do FIDC. Agora, apresentamos mais nove anexos, de maneira clara e didática, a fim de oferecer ainda mais segurança jurídica e simplificação para o mercado de capitais”, destacou João Pedro Nascimento, presidente da CVM.
Ontem (30), o InfoMoney antecipou que a autarquia iria acrescentar anexos ao texto da resolução 175. Com isso, o documento agora conta com 11 anexos normativos, incluindo os nove recém-adicionados.
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