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O FII Kinea Creditas (KCRE11) encerrará o mês de junho com a maior taxa de retorno com dividendos (dividend yield) entre os principais fundos imobiliários da Bolsa. O percentual ficou em 1,53% no mês.
O número faz parte de levantamento do InfoMoney com dados da Economatica, plataforma de informações financeiras. O estudo leva em consideração os 111 fundos imobiliários que compõem o Ifix – índice dos FIIs mais negociados na B3.
Todas as carteiras já anunciaram as distribuições de dividendos previstas para este mês. A última foi o BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11), que pagará R$ 0,80 por cota na próxima sexta-feira (30).
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Em junho, 50 carteiras tiveram um dividend yield igual ou acima de 1%. O número é menor do que os 61 registrados em maio e dos 64 de abril.
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No último dia 14, o KCRE11 pagou R$ 1,47 por cota, equivalente ao dividend yield mensal de 1,53%, o maior do período. Na sequência aparecem o Cartesia Recebíveis Imobiliários (CACR11), REC Recebíveis Imobiliários (RECR11) e Habitat II (HABT11) com ganhos acima de 1,40%.
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Confira a lista dos dez maiores pagadores de junho:
Ticker | Fundo | Setor | Taxa de retorno com dividendos em junho (%) |
KCRE11 | Kinea Creditas | Títulos e Val. Mob. | 1,53 |
CACR11 | Cartesia Recebíveis Imobiliários | Títulos e Val. Mob. | 1,42 |
RECR11 | REC Recebíveis | Títulos e Val. Mob. | 1,41 |
HABT11 | Habtat II | Títulos e Val. Mob. | 1,41 |
NCHB11 | NCH High Yield | Títulos e Val. Mob. | 1,38 |
URPR11 | Urca Prime Renda | Títulos e Val. Mob. | 1,37 |
JPPA11 | JPP Capital Recebíveis | Títulos e Val. Mob. | 1,36 |
VCJR11 | Vectis Juros Real | Títulos e Val. Mob. | 1,35 |
RZAK11 | Riza Akin | Títulos e Val. Mob. | 1,32 |
VGIR11 | Valora RE | Títulos e Val. Mob. | 1,31 |
Fonte: Economatica
O FII Devant Recebíveis (DEVA11), que teve o maior dividend yield de maio, pagou este mês R$ 0,65 por cota, equivalente a uma taxa de retorno de 0,95% – inferior ao 1,78% observado no mês anterior.
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KCRE11, o maior dividend yield de junho
O Kinea Creditas é um FII do tipo “papel”, que investe em títulos de renda fixa ligados ao setor imobiliário. Hoje, o patrimônio líquido da carteira está todo alocado em certificados de recebíveis imobiliários (CRI).
Esse tipo de papel é um instrumento usado por empresas do segmento para captar recursos no mercado. Na prática, essas companhias “empacotam” receitas futuras que têm para receber – como aluguéis ou parcelas pela venda de apartamentos – em um título, que é vendido a investidores, como os FIIs.
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Os CRIs embutem um rendimento mensal prefixado e a correção monetária por um indicador, que normalmente é a taxa do CDI (certificado de depósito interbancário) ou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
No caso dos títulos que compõem o portfólio do KCRE11, 94,7% deles estão indexados ao IPCA, que desde fevereiro tem desacelerado (de 0,84% para os 0,23%, em maio), como mostra o gráfico abaixo:
O IPCA-15, a prévia da inflação oficial do País, também mostrou nova desaceleração, com uma variação de 0,04% em junho, informou nesta terça-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho de 2022, o IPCA-15 tinha ficado em 0,69%.
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Pela dinâmica dos FIIs de “papel”, quanto maior o indicador que corrige os títulos do portfólio, maior a receita da carteira – e consequentemente o rendimento repassado aos cotistas. Em caso de queda do índice, o movimento seria o oposto, ou seja, de redução das receitas. Mas não foi o que ocorreu, até agora, com o Kinea Creditas.
Apesar da atual desaceleração do IPCA, o fundo distribuiu este mês o maior dividendo repassado pela carteira em 2023. Segundo relatório gerencial, o rendimento pago em junho é referente ao resultado de abril, justificando que há um atraso no repasse da inflação nas operações do fundo.
“Destacamos que os CRI atrelados à inflação presentes na carteira refletem as variações do IPCA referentes ao segundo e ao terceiro mês anteriores à apuração de resultados”, confirma o documento. “Ilustrativamente, portanto, os resultados apurados ao longo do mês de maio refletem a variação do IPCA referente aos meses de fevereiro (0,84%) e março (0,71%)”, completa o texto, sinalizando que um possível impacto da desaceleração da inflação no resultado do fundo poderia ocorrer nos próximos meses.
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Os FIIs que mais pagaram dividendos no primeiro semestre de 2023
O FII Cartesia Recebíveis Imobiliários (CACR11) fechará o primeiro semestre de 2023 com o maior dividend yield (taxa de retorno com dividendos) entre os principais fundos imobiliários do mercado. No período, a carteira pagou rendimentos de quase 9%.
O número faz parte de levantamento do InfoMoney com dados da Economatica, que também toma como base os fundos que compõem o Ifix. Confira a lista completa abaixo:
Ticker | Fundo | Segmento | Dividend yield nos semestre (%) |
CACR11 | Cartesia Recebíveis Imobiliários | Títulos e Val. Mob. | 8,57 |
HABT11 | Habtat II | Títulos e Val. Mob. | 8,30 |
JPPA11 | JPP Capital Recebíveis | Títulos e Val. Mob. | 8,01 |
URPR11 | Urca Prime Renda | Títulos e Val. Mob. | 7,75 |
RZAK11 | Riza Akin | Títulos e Val. Mob. | 7,71 |
OUJP11 | Ourinvest JPP | Títulos e Val. Mob. | 7,68 |
VCRI11 | Vinci Credit Securities | Títulos e Val. Mob. | 7,65 |
CVBI11 | VBI CRI | Títulos e Val. Mob. | 7,42 |
HSAF11 | HSI Ativos Financeiros | Títulos e Val. Mob. | 7,36 |
NCHB11 | NCH High Yield | Títulos e Val. Mob. | 7,35 |
Fonte: Economatica
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Com patrimônio líquido de R$ 186 milhões, o CACR11 investe predominantemente em certificados de recebíveis imobiliários (CRI), que representam 97,84% do portfólio.
De acordo com o último relatório gerencial, 81% dos títulos estão indexados ao IPCA (mais uma taxa média de 13% ao ano) e 19% à taxa do CDI (mais uma taxa média de 7,2% ao ano).
No início de junho, o fundo pagou aos seus quase 10 mil investidores R$ 1,52 por cota, equivalente a um retorno mensal com dividendos de 1,42%.
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