Ifix completa quinta sessão seguida de perdas; FII RBFF11 sobe 3%

HGLG11 conclui compra de galpão da Log em Minas Gerais, IGP-M tem deflação de 0,95% em setembro e mais assuntos

Wellington Carvalho

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O Ifix – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na B3 – fechou a sessão desta quinta-feira (29) com queda de 0,09%, aos 2.972 pontos. Foi a quinta queda seguida do indicador. O fundo Rio Bravo Ifix (RBFF11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 3,46%. Confira os demais destaques de hoje ao longo do Central de FIIs.

O FII VBI Prime Properties (PVBI11) ofereceu R$ 202 milhões pelo portfólio do também fundo de escritório Vila Olímpia Corporate (VLOL11), que tem 45 dias para decidir se aceita a oferta.

A carteira do VLOL11 é composta atualmente por seis pavimentos da torre B do prédio Vila Olímpia Corporate, localizado em uma região nobre para o segmento de lajes corporativas de São Paulo (SP).

De acordo com a proposta do PVBI11, o fundo pagaria R$ 30 milhões à vista e o saldo remanescente seria captado no mercado. A gestão do VLOL11 sinaliza que convocará uma assembleia geral extraordinária (AGE) para discutir a proposta com os cotistas da carteira.

No dia 13 de setembro, o Pátria Edifícios Corporativos (PATC11) – detentor de 15,9% do VLOL11 – já havia solicitado uma AGE e proposto a venda dos imóveis do FII Vila Olímpia Corporate.

O pedido para a convocação da AGE feito pelo PATC11 – que é gerido pela VBI Real Estate – será substituído pela assembleia que discutirá a oferta recebida do VBI Prime Properties, conforme explica fato relevante divulgado pelo VLOL11.

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Localizado em uma região nobre para o segmento de escritórios, o edifício Vila Olímpia Corporate tem classificação AAA – de máxima qualidade – e a taxa de vacância dos seis pavimentos do fundo está zerada. Os espaços representam uma área bruta locável de 10.368 metros quadrados.

Leia mais:

Maiores altas desta quinta-feira (29):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
RBFF11 Rio Bravo Ifix Títulos e Val. Mob. 3,46
SARE11 Santander Renda Híbrido 1,85
PATL11 Pátria Logística Logística 1,83
HGFF11 CSHG FoF Títulos e Val. Mob. 1,49
BCIA11 Bradesco Carteira Imobiliária Títulos e Val. Mob. 1,38

Maiores baixas desta quinta-feira (29):

Ticker Nome Setor Variação (%)
RCRB11 Rio Bravo Renda Corporativa Lajes Corporativas -4,81
RBRP11 RBR Properties Outros -3,08
VIUR11 Vinci Imóveis Urbanos Renda Urbana -1,81
BTRA11 BTG Pactual Terras Agrícolas Agro -1,3
GTWR11 Green Towers Lajes Corporativas -1,2

Fonte: B3

HGLG11 conclui a compra de um dos dois galpões da Log (LOGG3) em Minas Gerais

Após superadas as condições previstas no contrato, o CSHG Logística concluiu a compra de um dos dois imóveis negociados com a Log Comercial Properties e Participações (LOGG3) na cidade de Betim, em Minas Gerais.

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A transação foi iniciada no final de julho e prevê a aquisição de condomínio logístico de 95 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL). O preço pago pelo espaço foi ajustado de R$ 244 milhões para R$ 253 milhões, segundo fato relevante divulgado pelo fundo. O montante é equivalente a R$ 2.648,71 por metro quadrado.

A transação com a Log também prevê a aquisição de 47,88% de empresa proprietária de um outro condomínio logístico multiusuário também em Betim. O imóvel de quase 138 mil metros quadrados de ABL conta com oito galpões logísticos construídos e alugados.

Pela participação no espaço, o CSHG Logística está disposto a pagar R$ 209 milhões, o equivalente a R$ 3,166 mil por metro quadrado.

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Maior FII do segmento logístico em número de cotistas – 327,7 mil –, o HGLG11 tem um portfólio de 19 imóveis que, juntos, somam uma ABL de 823 mil metros quadrados.

Os galpões estão localizados nos estados de Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Atualmente a taxa de vacância dos espaços está em 7,8%, de acordo com o último relatório gerencial do fundo.

Dividendos hoje

Confira quais fundos distribuem rendimentos nesta quinta-feira (29):

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Ticker Fundo Rendimento
BCIA11 Bradesco Carteira Imobiliária Ativa R$ 0,74

Giro imobiliário: IGP-M tem deflação de 0,95% em setembro; a estratégia do Professor Mira para a liberdade financeira

IGP-M tem deflação de 0,95% em setembro; maior que a previsão de -0,86%

O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) registrou uma deflação de 0,95% e, com isso, manteve a desaceleração no acumulado em 12 meses, de 10,08% em julho para 8,59% em agosto e agora 8,2%, divulgou nesta quinta-feira (29) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A deflação foi mais forte que o resultado de agosto (-0,70%) e bem melhor que o indicador de setembro de 2021 (+0,64%), quando o índice acumulava uma alta de 24,86% em 12 meses. A variação negativa também foi maior que a esperada pelo mercado, que projetava uma queda de 0,86% nos preços segundo o consenso Refinitiv.

O IGP-M é conhecido como “inflação do aluguel”, por historicamente ser usado como indexador para reajustar contratos de locação. Com a deflação de setembro, o indicador agora acumula alta de 6,61% no acumulado de 2022.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,10% em setembro, ante 0,33% em agosto. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de agosto para setembro: Materiais e Equipamentos (0,03% para -0,14%), Serviços (0,68% para 0,34%) e Mão de Obra (0,54% para 0,26%).

Do zero a uma renda de R$ 30 mil por mês com FIIs: a estratégia do Professor Mira para a liberdade financeira

Aos 43 anos, 26 como investidor, Eduardo Mira – ou Professor Mira, como é conhecido – ostenta uma trajetória que tem início na infância difícil na periferia do Rio de Janeiro e passa pela independência financeira conquistada aos 35 anos. A condição permite ao hoje influenciador digital obter uma renda mensal de R$ 30 mil só com dividendos de fundos imobiliários – e uma história digna dos filmes que assistia quando garoto.

Com mais de 500 mil seguidores no YouTube e no Instagram, Mira foi o convidado da edição desta terça-feira (27) do Liga de FIIs, programa produzido pelo InfoMoney e que tem apresentação de Maria Fernanda Violatti, analista da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, repórter do InfoMoney. 

“Eu recebo de R$ 30 mil a R$ 40 mil em dividendos todo mês com os fundos imobiliários”, revela. “Tenho alguns milhões investidos em FIIs que geram uma renda [com dividendos] que hoje paga as minhas contas com sobra”, observa.

Desde que alcançou uma posição mais confortável financeiramente, Mira deixou o emprego no Banco do Brasil e se dedicou ao que classifica como sua paixão, a produção de conteúdo e cursos de educação financeira. Hoje, ele já capacitou mais de 30 mil alunos, calcula.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.