Fama passa de gestora de fundos de ações a casa de investimento responsável em classes de ativos variadas

Aos 30 anos, gestora de Fabio Aperowitch terá conselho consultivo independente e parceria com securitizadora para criar novos produtos

Equipe InfoMoney

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A gestora Fama, fundada há 30 anos por Fabio Alperowitch, conhecido pela atuação em investimentos sustentáveis, vai passar por uma reformulação. Deixará de se ser uma asset focada em seu histórico fundo de ações – o Fama FIC FIA – para se tornar uma plataforma de investimentos responsáveis em diferentes temáticas e classes de ativos.

“Temos investido em empresas responsáveis e as ajudado a melhorar suas práticas: o atual fundo de ações seguirá com a mesma filosofia de investir em empresas de alta qualidade, geridas eticamente, e que levem a sério a agenda ESG [aspectos ambientais, sociais e de governança]”, disse Alperowitch em comunicado.

“Mas agora, através de uma nova iniciativa, chegou a hora de causar transformação também nas empresas que geram relevantes externalidades climáticas negativas, promovendo um turnaround climático nas mesmas. Este processo se apoia em três pilares: a ciência, as finanças sustentáveis e stewardship”.

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Queremos mudar o comprometimento do setor privado com a agenda do clima

Fabio Alperowitch, fundador da Fama

Mauricio Levi, também sócio da Fama, fará uma “transição gradual das operações do Brasil para prospectar oportunidades no exterior, onde já reside há 10 anos”, diz o documento.

Para a nova fase, a gestora criará um conselho consultivo independente, com a participação de membros externos, como Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa; Jair Ribeiro, ex-banqueiro e fundador da Parceiros da Educação; Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.

Também estão envolvidos no projeto o professor Carlos Nobre, integrante da equipe vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2007 e único brasileiro membro da Royal Society, e Caroline Prolo, referência em direito ambiental do Brasil e fundadora da LACLIMA.

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Além disso, a casa também firmou parceria com o Grupo Gaia, securitizadora focada em impacto que já originou mais de R$ 20 bilhões em operações financeiras. “Pretendemos promover iniciativas únicas que possam permitir o alcance e financiamento de situações quase inatingíveis pelo mercado financeiro tradicional”, diz o comunicado.

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