Ex-Palmeiras vítima de suposto golpe com criptomoedas comenta caso: “Que sirva de exemplo”

Gustavo Scarpa alega ter investido na Xland Investment, empresa cripto investigada pelo Ministério Público do Acre

Lucas Gabriel Marins

Gustavo Scarpa, em partida pelo Palmeiras (Getty Images)
Gustavo Scarpa, em partida pelo Palmeiras (Getty Images)

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O ex-jogador do Palmeiras, Gustavo Scarpa, comentou o suposto golpe milionário com criptomoedas que ele e Mayke Rocha Oliveira, atual atleta do clube, sofreram. Ambos acusam Willian Gomes de Siqueira (conhecido como “Willian Bigode”), ex-Palmeiras, de envolvimento no caso. Siqueira diz que também foi vítima.

“Que essa situação sirva de exemplo a todos que se encontram em situação parecida”, disse Scarpa em uma postagem publicada na noite de segunda-feira (13) em seu perfil no Instagram. O jogador, que hoje defende o Nottingham Forest, da Inglaterra, esteve no Brasil nesta semana para tratar do caso, segundo o Globo Esporte. Um boletim de ocorrência também teria sido aberto, segundo matéria do Fantástico.

Conforme processos que a reportagem do InfoMoney teve acesso, Scarpa alega ter perdido R$ 6,3 milhões e Oliveira R$ 4,3 milhões na Xland, empresa de criptomoedas que promete até 5% de rendimento por mês. Os dois dizem nas ações que alocaram recursos no negócio após sugestão feita por Bigode e sua empresa, a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial.

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Nos autos, há o print de um post na qual a Xland comemera a parceria com a empresa de Bigode. “A Xland Investment, com a missão de ser uma empresa transformadora na área de investimentos e visando ser referência no mercado de Crypto, agora é parceria da WLJC Consultoria, uma gestora com solidez e de renome no mercado financeiro nacional”.

Na noite de segunda-feira, Bigode, que hoje está no Fluminense, se defendeu em suas redes sociais.

“Estou relutando para poder gravar esse vídeo, mas quero aqui pontuar e deixar claro algumas coisas. Primeiro dizer que a WLJC é uma empresa de gestão financeira, não é uma empresa de investimentos, não é uma corretora. Não sou dono e nem sócio da Xland e muito menos golpista, até porque não peguei dinheiro de ninguém. Eu sou vítima, porque até hoje não recebi meu recurso”, disse.

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Em nota enviada para a reportagem na semana passada, a defesa de Bigode disse que o atleta também foi lesado pela Xland, pois teria perdido aproximadamente R$ 17,5 milhões na empresa, “uma vez que solicitou o resgate dos valores em novembro de 2022 a até hoje não recebeu qualquer quantia”.

A Xland — fundada em 2019, segundo dados da Receita Federal, por Jean do Carmo Ribeiro e Gabriel de Souza Nascimento – é investigada pelo Ministério Público do Acre (MPAC) desde o final do ano passado. Na justificativa para a abertura de um inquérito civil, o órgão disse que o negócio tem indícios de ser uma pirâmide financeira.

Em seu site, a empresa diz que trabalha com locação de criptomoedas, modelo semelhante à Rental Coins, negócio fraudulento montado pelo “Sheik das Criptomoedas”, preso no final do ano passado, e à Braiscompany, empresa suspeita de golpe com ativos digitais.

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