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O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho compareceu na manhã desta sexta-feira (31) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga pirâmides financeiras. Ele foi convocado para prestar esclarecimentos sobre sua participação na 18k Ronaldinho, empresa acusada de aplicar um golpe com criptomoedas.
Aos parlamentares, o ex-craque falou que nunca fui sócio da 18k, que prometia rendimentos fixos de até 400% ao ano para os investidores, algo incomum no mercado de renda variável. Disse também que a suposta pirâmide, fundada pelos empresários Rafael Horácio Nunes de Oliveira e Marcelo Lara Marcelino, teria usado sua imagem de forma indevida.
“Jamais participei da empresa 18k, jamais autorizei a utilização do nome e imagem por tal empresa”, falou. “Fui vítima também”.
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O ex-atleta havia faltado duas vezes às sessões na Câmara, apesar de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter negado um habeas corpus que pedia o não comparecimento. Na última falta, a defesa do ex-jogador afirmou que ele não foi porque não teria conseguido pegar um voo por causa do mau tempo. Diante da ausência, os políticos chegaram a cogitar o uso de condução coercitiva.
O irmão do ex-jogador, Roberto de Assis Moreira, também é suspeito de ter participado do esquema com criptoativos. Ele prestou depoimento na semana passada na Câmara dos Deputados, e disse que “não responde pela 18k Ronaldinho”.
A empresa acusada de golpe, que se orgulhava de ter “ninguém menos que Ronaldinho Gaúcho” como embaixador, segundo sua página no Linkedin, foi fundada em 2018 em São Paulo. Nas redes sociais, o ex-jogador aparece em vídeos e posts recomendando o negócio. Gaúcho diz que o uso de sua imagem foi indevido.
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A suposta pirâmide vendia falsos pacotes de investimento de US$ 30 a US$ 12 mil e prometia pagar um lucro mirabolante de até 2% ao dia, fruto de arbitragem de criptomoedas. Também prometia pagar comissão de 7% em cima de valores colocados por pessoas indicadas por outros membros.