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O fundador e ex-CEO da Binance, Changpeng Zhao, teve que pagar fiança de US$ 175 milhões na terça-feira (21) para não ser preso após a empresa admitir violar leis de combate à lavagem de dinheiro dos Estados Unidos. A sentença definitiva contra o empresário, no entanto, só será conhecida em fevereiro.
A Binance, acusada por autoridades americanas de prática de lavagem de dinheiro, fraude bancária e violações de sanções, selou ontem um acordo de US$ 4,3 bilhões com reguladores do país para arquivar uma investigação contra a exchange.
Os termos da liberação de CZ incluem compromisso de não cometer crimes e de não influenciar testemunhas e vítimas – algo considerado comum nesse tipo de acordo.
O ex-executivo, no entanto, fica liberado de deixar os EUA, desde que retorne 14 dias antes de audiência marcada para 23 de fevereiro de 2024.
O valor da fiança foi depositado em um Trust sob os cuidados de um administrador que terá a atribuição de repassar os recursos às autoridades em caso de violação dos termos do acordo.
Violações
A Binance admitiu múltiplas violações da legislação americana de combate à lavagem de dinheiro, incluindo transações suspeitas com grupos terroristas, como Hamas, a Jihad Islâmica Palestina (PIJ), a Al Qaeda e o Estado Islâmico (Isis), além de hackers e outros criminosos.
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“A Binance fez vista grossa às suas obrigações legais na busca pelo lucro. As suas falhas intencionais permitiram que o dinheiro fluísse para terroristas, cibercriminosos e abusadores de crianças através da sua plataforma”, disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen.
Além da multa, como parte do acordo selado com o governo dos EUA Zhao também concordou em deixar o comando da empresa. Nas redes sociais, ele afirmou que a decisão não foi “emocionalmente fácil”. Quem assume o posto é o executivo Richard Teng, que comandava até então as operações da Binance em mercados regionais.