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A disparada do Bitcoin (BTC) nesta terça-feira (27) respingou em todo o mercado de criptomoedas. O setor avançou +9% nas ultimas 24 horas, atingindo US$ 2,4 trilhões em capitalização, segundo o agregador CoinMarketCap. Dois dos destaques são o Ethereum (ETH) e a Solana (SOL), que, a depender da janela, entregam mais retornos que o BTC.
O Ether, segundo maior criptoativo da indústria cripto, começou a ser negociado acima do patamar de US$ 3.200, o maior preço em 22 meses. Nos últimos 30 dias, o ativo digital entrega ganhos de +44%, contra +32% do Bitcoin no mesmo período.
Apesar de surfar na alta do Bitcoin, o Ether está no meio de um rali próprio impulsionado por 3 principais fatores:
- ETFs: Empresas como Vaneck, BlackRock, Grayscale tentam lançar ETFs (fundos de índice) à vista de ETH no mercado americano. A expectativa é que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) aprove os produtos em maio. “Apesar de não haver certeza que a SEC vai aprovar, é muito provável que libere, já que ocorreu o mesmo com os ETFs spot de Bitcoin em janeiro, e isso pode estar começando a atrair fluxo de capital para o ativo”, avalia Rony Szuster, analista de research do MB.
- Demanda gringa: Para a casa de análise CryptoQuant, a recente valorização também pode ser explicada pela alta demanda por Ether na maior corretora dos EUA. “Podemos ver claramente que a Coinbase desencadeou um movimento ascendente”, disse o executivo Ho Chan Chung ao site especializado Coindesk.
- Atualização: O ativo vai passar por uma mudança em março chamada Dencun, o que também estaria animando investidores. “A atualização, juntamente com a iniciativa do Ethereum 2.0 mais ampla, marca um momento significativo na jornada do Ethereum para se tornar uma plataforma mais escalável, eficiente e fácil de usar”, disse a gestora de ativos digitais Grayscale em relatório recente.
Diante desse cenário, a casa de análise 10x Research sugere que o preço-alvo do Ethereum no curto prazo é US$ 3.400. Já para o Standard Chartered Bank, a cripto pode chegar a US$ 4 mil até maio – o que representaria uma alta de mais 25% frente ao patamar atual.
Segundo a gestora VanEck, até 2030, a criptomoeda pode chegar a US$ 11 mil no cenário-base, e até US$ 51 mil na projeção mais otimista – no último caso, uma disparada de +1.500% ante o preço de hoje.
O caso da Solana
Principal concorrente do Ethereum, a Solana passou por interrupções em sua rede no início do mês, algo que deixou o mercado preocupado. Apesar do susto, a criptomoeda conseguiu subiu para US$ 110 nesta terça, com ganhos de +12% em 30 dias. Mas o que chama a atenção é seu retorno em três meses, que já passa de 80% – bem acima dos +48% do Bitcoin no mesmo intervalo.
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Para especialistas, parte da alta recente se deve a dois fatores:
- o progresso do projeto no mercado de finanças descentralizadas (DeFi) – ainda liderado pelo Ethereum;
- os airdrops (distribuições gratuitas de tokens) recentes.
“Embora o Ethereum tenha desfrutado de uma posição de superioridade de longa data, os avanços tecnológicos da Solana e os recentes airdrops fecharam significativamente a lacuna de volume mesmo com muito menos capital bloqueado”, avalia Max Shanno, analista da CoinShares, em relatório.
Em relatório publicado no final do ano passado, a gestora VanEck projetou que o token SOL pode chegar ao patamar de US$ 3.200 até 2030 – uma alta de +2.800% na comparação com o preço atual.