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Entre os ETFs (fundos de índice) disponíveis na B3, ganhou destaque no mês de julho o DEFI11, produto da gestora Hashdex que investe no mundo das finanças descentralizadas (DeFi), focado em desintermediação financeira. O fundo registrou no mês passado retorno de 17,3%, o maior entre todos os ETFs disponíveis no Brasil, segundo dados da Economatica.
Mas, o que é exatamente um ETF de desintermediação financeira?
O DEFI11 é um fundo que acompanha o índice CF DeFi Composite Index, que rastreia ativos digitais emitidos por startups que desenvolvem soluções que visam a remoção de intermediários de operações financeiras. Um exemplo é a Uniswap, uma plataforma de corretagem sem controle central: todas as negociações são geridas por softwares pré-programados.
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Em projetos como esse, a liquidez é fornecida por usuários remunerados em criptoativos, e os rumos são decididos segundo decisões tomadas por uma comunidade de usuários que detêm o token UNI, que tem 33% de peso no índice do DEFI11.
Ativos digitais ligados ao ramo das finanças descentralizadas foram os que mais subiram dentro do setor cripto no mês de julho, impulsionado por alta justamente do UNI, que avançou 26,6%. Além disso, o MKR, da plataforma rival MakerDAO e terceiro mais importante do índice, saltou 46,4%. Já a Chainlink (LINK), que o ETF também acompanha, valorizou 20,8% no período.
“Em resumo, julho foi um mês no qual os ativos menores que, via de regra, haviam ficado para trás no primeiro semestre quando comparados aos dois gigantes Bitcoin e Ethereum, recuperaram parte do espaço perdido. Esse é um exemplo de como o mercado de criptoativos é dinâmico”, avalia a gestora Hashdex, em relatório. “Seguimos otimistas para o restante do segundo semestre”.
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Após um primeiro semestre desafiador, os ganhos também vieram em conjunto com o crescimento da captação de ETFs de renda variável, diante da perspectiva de juros menores que acabou sendo confirmada na semana passada, com o corte da Selic em 0,5 ponto percentual.
A vez das criptos menores
O resultado do ETF de DeFi também teve relação com o bom desempenho geral das criptomoedas de menor valor de mercado no mês de julho.
O catalisador foi uma decisão judicial nos Estados Unidos favorável à Ripple, emissora de outro token, o XRP. Para a Justiça americana, a empresa não cometeu crime federal ao vender o ativo para o varejo, ao contrário do que havia acusado a Securities and Exchange Comission (SEC, a “CVM dos EUA”).
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“A decisão afastou, pelo menos temporariamente, a ameaça sobre diversos protocolos, ao deixar claro que não considera o token XRP um valor mobiliário”, esclareceu Theodoro Fleury, gestor da QR Asset.
Segundo o especialista, apesar de não estar relacionado aos processos nos EUA, Uniswap pode ter refletido o lançamento de uma atualização de seu protocolo, que trouxe diversas inovações em relação à versão anterior. “As novas funcionalidades foram bem recebidas pelo mercado e ajudaram a impulsionar o ativo”.
Já Chainlink anunciou uma nova solução para transferência de tokens e dados entre diferentes blockchains (redes descentralizadas). “Apesar de ainda estar em desenvolvimento, o protocolo tem características que podem revolucionar a forma como diferentes blockchains interagem, principalmente no que diz respeito à segurança”, destaca Fleury.
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Confira os 10 ETFs com o melhor desempenho em julho de 2023:
Nome | Código | Retorno julho 2023 (em %) |
Defi Hash | DEFI11 | 17,30 |
It Now Shot | SHOT11 | 15,93 |
It Now Hydro | YDRO11 | 14,28 |
iShares Global Energy ETF | BIXC39 | 11,15 |
Global X Autonomous & Electric Vehicles ETF | BDRI39 | 10,19 |
iShares Self-Driving Ev And Tech ETF | BIDR39 | 10,17 |
iShares MSCI China | BCHI39 | 9,91 |
Trend China | XINA11 | 9,51 |
It Now Imat | MATB11 | 9,30 |
iShares MSCI Emerging Markets Ex China ETF | BEMC39 | 8,92 |
Fonte: Economatica