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O presidente da Securities and Exchange Comission (SEC), regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos equivalente à CVM no Brasil, Gary Gensler, negou nesta terça-feira (9) que o regulador tenha concedido aprovação aos primeiros ETFs (fundos de índice) de Bitcoin do país com exposição direta à criptomoeda. A informação havia sido veiculada pela conta oficial da SEC no X (antigo Twitter). Segundo ele, o perfil foi alvo de hack.
“A conta @SECGov no Twitter foi comprometida, e um tuíte não autorizado foi publicado. A SEC não aprovou a listagem e negociação de produtos negociados em bolsa de Bitcoin à vista”, escreveu Gensler em sua conta pessoal.
Minutos antes, o perfil oficial da SEC havia publicado que todos os fundos de Bitcoin submetidos à aprovação, o que incluiria os da gestoras BlackRock e da brasileira Hashdex, haviam sido liberados pela SEC.
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“A aprovação de hoje melhora a transparência do mercado e oferece a investidores acesso eficiente a investimentos em ativos digitais no âmbito de um arcabouço regulatório”, dizia uma nota atribuída a Gensler, agora apagada do perfil.
Assim que o falso anúncio de aprovação foi divulgado, o Bitcoin recuou e perdeu o patamar de US$ 47 mil no qual vinha sendo negociada ao longo do dia, e chegou a cair para menos de US$ 45.000. Após o desmentido de Gensler, o preço passou a ser negociado perto dos US$ 46 mil.
A SEC tem até a quarta-feira (10) para se manifestar a respeito do pedido de ETF protocolado pela gestora Ark Invest, a primeira da fila a solicitar aval. Há, no entanto, mais de uma dezena de pedidos pendentes, e o mercado espera que o sinal verde seja dado para todos ao mesmo tempo, de modo a evitar vantagem competitiva para um emissor específico.
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Conhecida pelos investimentos em inovação, a fundadora e CIO da Ark Invest, Cathie Wood, é uma das convidadas do Onde Investir 2024, evento do InfoMoney que será realizado a partir da próxima segunda-feira (15).
ETF de Bitcoin
O principal catalisador de alta do BTC no ano é o tão aguardado ETF à vista da cripto dos Estados Unidos. Desde o ano passado, diversas gestoras tentam convencer a SEC, equivalente à Comissão de Valores Mobiliários no país, a dar sinal verde para o produto.
Em relatório, o Standard Chartered Bank defendeu que os ETFs podem gerar entradas de US$ 50 a 100 bilhões somente em 2024, e comparou o potencial do produto com o primeiro ETF de ouro dos EUA: após o lançamento em 2004, o preço do metal subiu mais de quatro vezes em sete anos. “Nossa visão é que o mercado de ETFs de Bitcoin se desenvolverá mais rapidamente”, disse o relatório.
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O comportamento no curto prazo, porém, poderá ser diferente. Análise técnica aponta que o preço da criptomoeda pode ter fôlego no máximo para subir para próximo de US$ 50 mil, e pode cair pelo menos 20% na sequência.