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SÃO PAULO – O brasileiro tem uma barreira cultural grande quando o assunto é planejamento financeiro e o problema atinge também os mais ricos. A opinião é do economista Gabino Neto, responsável pela área de gestão de patrimônio da gestora de recursos independente Áquilla.
“As pessoas só começam a tomar as decisões no momento em que elas são inadiáveis. No geral, o brasileiro não tem o costume de investir em planejamento e, às vezes, isso sai muito mais caro futuramente quando é necessário acertar o que não foi planejado”, afirma.
O especialista explica que ter um plano é fundamental para que a família com um patrimônio elevado tenha harmonia nesse processo. “Cada patriarca tem uma história diferente. Alguns têm filhos que estão dentro do negócio e que se interessam, há outros filhos que não se interessam ou não têm aptidão. E isso gera uma preocupação de como todo esse patrimônio será gerido futuramente. Principalmente, no que se refere à questão da cadeia de comando das empresas da família”, diz Gabino.
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Por isso, muitas famílias procuram a ajuda de empresas especializadas em gestão de patrimônio. Na Áquilla, por exemplo, o objetivo da equipe é ajudar as famílias a se estruturarem e a entenderem que a fortuna acumulada precisa ser encarada de uma forma profissional. “Desenvolvemos um trabalho de consultoria completa e exclusiva para cada família, levando em consideração o tipo de patrimônio e bens envolvidos, a história familiar, seus objetivos, o processo tributário que envolve o patrimônio, o contexto do mercado financeiro atual, entre outras questões. Tudo é analisado criteriosamente para que sejam sugeridas as soluções mais adequadas para cada família”, afirma.
Assim como a Áquilla, o Brasil tem diversas casas especializadas em gestão de patrimônio e fortunas. No dia 12 de setembro, o VII Congresso Nacional de Empresas Familiares, Family Office e Gestão de Patrimônio reúne algumas delas e traz entre os palestrantes grandes empresários, como Ricardo Setubal – presidente do conselho de administração da ITAUTEC, Sandra Papaiz – acionista da Papaiz. Para se inscrever basta mandar e-mail para eventos@family-bs.com ou pelo telefone 11 3958 7480 (Para mais informações sobre o evento, clique aqui).
Planejamento sucessório
O economista da Áquilla também destaca que a legislação brasileira é muito burocrática na questão sucessória. “É grande a quantidade de famílias brasileiras que não possui planejamento sucessório e que, na falta do patriarca, corre o risco de ter a estrutura patrimonial congelada, caso haja qualquer desavença com um único membro da família”, alerta.
Segundo ele, são comuns no Brasil patrimônios que se tornam um espólio com décadas de brigas judiciais, o que acaba gerando um grande custo para a família. “Em uma família com dez filhos, por exemplo, se há desavença com apenas um deles, não é possível vender um imóvel. Isso causa um prejuízo enorme para a família”, aponta.
Outro exemplo muito comum é de empresas familiares sem planejamento sucessório prévio que, na falta do patriarca, um dos herdeiros pode assumir ou interferir no negócio. “Se a pessoa não for centrada e capacitada para assumir a empresa, pode colocar tudo a perder. Hoje, há instrumentos para organizar isso tudo. É possível, mesmo tendo conflito na família, a estrutura continuar funcionando dentro de critérios que foram pré-determinados”, finaliza.