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Os ETFs (fundos de índice) à vista de Ethereum (ETH) nos Estados Unidos registraram saídas líquidas de aproximadamente R$ 500 milhões em seu primeiro mês de negociação, resultado muito inferior aos ETFs com exposição direta ao Bitcoin (BTC) do país, que atraíram US$ 5,4 bilhões nos primeiros 30 dias.
Apesar da diferença, analistas do JPMorgan não acham justo comparar o desempenho dos dois produtos financeiros porque as teses das duas criptomoedas associadas a eles são diferentes. O BTC, alegam, tem uma fama já estabelecida, inclusive sendo apontado como “reserva de valor”. O Ethereum, por outro lado, é plataforma para finanças descentralizadas (DeFi)
Outro ponto apontado pelos analistas que pode ter colaborado com o número fraco dos ETFs de Ethereum é o fato de eles não conseguirem se beneficiar do staking (método de obter renda passiva com investimentos em criptomoedas), algo que pode ter afetado a demanda.
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“Comparar a magnitude dos fluxos de ETH com seus equivalentes de BTC é como comparar alhos com bugalhos”, escreveram.
O JPMorgan também joga a culpa das saídas líquidas no fundo de índice da gestora Grayscale, o ETHE, que antes funcionava como fundo fechado. De acordo com a plataforma Sosovalue, o produto financeiro tem, sozinho, US$ 2,69 bilhões de retiradas líquidas. Parte do fluxo negativo se deve aos altas taxas cobradas dos investidores.
O Bitcoin e o Ethereum terminaram o mês de agosto no vermelho, apesar da expectativa de queda de juros nos Estados Unidos, que tende a beneficiar ativos de risco, como as criptos. Os dois tokens até tentaram retomar o folêgo no início de setembro, mas não conseguiram. O BTC é negociado a US$ 57.478 na tarde desta terça-feira (10), com leve alta de 1,61% no dia, enquanto o Ether é trocado de mãos a US$ 2.365, com avanço de 1,50%.