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Os CDBs com remuneração atrelada à inflação tiveram outro boom de emissões na última quinzena, entre 6 e 20 de agosto. Conforme os especialistas indicam esse indexador, os bancos vão, aos poucos, enchendo o mercado com títulos que pagam juro real de até 6,63%.
Um levantamento feito pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney mostrou que 76 ativos foram lançados no último período pesquisado. Na quinzena anterior, foram apenas 30 emissões. No início do ano, esses papéis tiveram o primeiro avanço relevante nas emissões, com 56 registros.
Nos títulos públicos, o papel mais curto do Tesouro IPCA+ paga, hoje, juro real de 6,18% e tem vencimento somente em cinco anos. Já os CDBs mais curtos, com vencimento em dois anos, têm remuneração média de 6,15%. Kaique Fonseca, economista e sócio da A7 Capital, recomenda o investimento em títulos de inflação “para aproveitar o juro real”.
A taxa média no vencimento em três anos foi de 5,99% e a maior remuneração chegou a 6,44%.
Retornos de CDBs indexados à inflação de 06 a 20 de agosto | |||||
Prazo (meses) | Taxa mínima (IPCA+) | Taxa média (IPCA+) | Taxa máxima (IPCA+) | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
24 | 5,35% | 6,15% | 6,63% | 57 | Haitong Brasil |
36 | 5,25% | 5,99% | 6,44% | 19 | Haitong Brasil |
CDBs pós-fixados
Nos CDBs pós-fixados, as taxas médias tiveram queda. Os papéis de três anos, que pagavam 101,65% do CDI na quinzena anterior, entregaram retorno de 100,15% na última leitura. A taxa média dos títulos mais curtos, de três meses, caiu de 99,51% para 98,98%.
Vinicius Romano, especialista em renda fixa da Suno Research, explica que a expectativa da Selic alta por mais tempo impacta o custo de emissão para os bancos, que diminuem as taxas para não terem prejuízo.
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Retornos de CDBs indexados ao CDI de 06 a 20 de agosto | |||||
Prazo (meses) | Taxa mínima (% CDI) | Taxa média (% CDI) | Taxa máxima (% CDI) | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | 97,50% | 98,98% | 103,00% | 30 | Mercado Crédito |
6 | 97,00% | 100,64% | 106,00% | 21 | Banco Seguro |
12 | 90,00% | 99,07% | 110,00% | 37 | Banco Mercantil do Brasil |
24 | 98,00% | 99,46% | 108,00% | 39 | Banco BMG |
36 | 99,00% | 100,15% | 103,50% | 24 | Santander Brasil |
CDBs prefixados
Já os títulos com remuneração fixa pagaram mais no curto prazo, com a remuneração em seis meses saindo de 10,11% para 10,18%, mas os papéis mais longos tiveram queda nas taxas médias.
A média para 36 meses caiu de 12,34% para 11,86%, enquanto a de 24 meses recuou de 11,93% para 11,49%.
O movimento corrigiu parte das altas expressivas observadas há quinze dias, quando o mercado ainda precificava a aversão ao risco que dados da economia dos Estados Unidos trouxeram.
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Retornos de CDBs prefixados de 06 a 20 de agosto | |||||
Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | 9,55% | 9,55% | 9,55% | 1 | State Street Brasil |
6 | 10,05% | 10,18% | 10,45% | 9 | ABC Brasil |
12 | 10,65% | 11,05% | 12,00% | 13 | Sinosserra Financeira |
24 | 11,10% | 11,49% | 11,74% | 10 | Haitong Brasil |
36 | 11,50% | 11,86% | 12,40% | 7 | Sinosserra Financeira |