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É hora de se livrar de ações “tech”, diz Goldman – e aponta dois setores da vez

Braço de gestão de ativos do banco ainda acredita em "pouso suave" nos EUA, mas mostra pessimismo com relação risco-recompensa de empresas de tecnologia

Bloomberg

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Após forte rali de ações de tecnologia nos últimos meses, o braço de gestão de ativos do Goldman Sachs começa a realizar lucros e a investir o dinheiro em empresas mais baratas. A casa acredita que as ações tech ficarão sob pressão e, por isso, coloca outros dois setores à frente na fila de preferência.

De acordo com Alexandra Wilson-Elizondo, codiretora de investimentos de soluções multiativos do Goldman, a economia dos EUA está em um caminho positivo para alcançar o tão esperado “pouso suave”, mas existem muitos riscos que poderão alterar a trajetória.

“Achamos por bem realizar lucros em tecnologia e avançar para outros setores”, disse ela em entrevista por telefone à Bloomberg.

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Na indústria de tecnologia, “o perfil risco-recompensa está distorcido para o lado negativo”, acrescentou. “Embora ainda gostemos dessas ações e em tê-las no portfólio para o longo prazo, acreditamos que existem algumas oportunidades mais atraentes para perseguir.”

Os dois setores no radar do Goldman

Os retornos das ações do grupo chamado de “7 Magníficas” já começaram a divergir. Embora a Nvidia tenha disparado 72% este ano, outras não tiveram o mesmo desempenho. As ações da Apple enfrentaram dificuldades devido à fraca demanda por iPhones na China, e a Tesla caiu 30% no acumulado do ano devido a preocupações com a demanda por veículos elétricos.

Diante disso, o Goldman Sachs Asset Management mantém posição overweight (acima da média do mercado) em ações do setor de energia como forma de proteção contra a inflação e riscos geopolíticos, disse Wilson-Elizondo. Até agora, este ano, a posição tem rendido bons frutos. As empresas de petróleo e gás do S&P 500 subiram 16%, em comparação com um ganho de 11% das ações de tecnologia.

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Ela disse que eles ainda estão cautelosos em relação aos serviços públicos e REITs (os equivalentes americanos aos fundos imobiliários), bem como às small caps, devido à sua sensibilidade às altas taxas de juros. Mesmo assim, algumas small caps são atraentes devido aos seus baixos valores, já que algumas podem ser alvos de aquisição por empresas de IA em rápido crescimento. “Um gestor ativo pode agregar muito valor neste segmento de mercado”, acrescenta.

Outro foco do Goldman está em ações do Japão. A casa está overweight em papéis japoneses devido às reformas corporativas e à melhoria do sentimento empresarial no país, além dos preços relativamente baixos. “O Japão oferece uma boa oportunidade para uma narrativa cíclica e estrutural”, disse Wilson-Elizondo.

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