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Algumas das maiores empresas globais consolidaram de vez seu papel como “vacas leiteiras”. No segundo trimestre deste ano, elas distribuíram o recorde histórico de US$ 606,1 bilhões em dividendos, revela o levantamento Global Dividend Index, elaborado pela gestora britânica Janus Henderson, divulgado nesta terça-feira (10).
De acordo com o estudo, que analise 1.200 empresas espalhadas pelo mundo, 92% delas aumentaram os proventos ou os mantiveram estáveis, tanto em países desenvolvidos como nos emergentes. A gestora espera agora que as empresas globais paguem um recorde de US$ 1,74 trilhão até o final de 2024, um aumento de 6,4% em comparação com 2023.
“Em todo o mundo, as economias, de modo geral, suportaram bem o ônus das taxas de juros mais altas. A inflação desacelerou, enquanto o crescimento econômico foi melhor do que o esperado. As empresas também se mostraram resilientes e, na maioria dos setores, continuam a investir para o crescimento futuro”, disse Jane Shoemake, gerente de portfólio de clientes do time Global Equity Income na Janus Henderson.
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As companhias dos Estados Unidos distribuíram US$ 177,5 bilhões no período, um aumento de 5,6% em relação ao primeiro trimestre deste ano. O bolo foi puxado principalmente pelo início dos pagamentos de proventos de grandes empresas, como a Meta (M1TA34), controladora de Facebook, que começou a pagar dividendos neste ano, e a Alphabet (GOOGL), controladora do Google, que em abril divulgou que pagaria 20 centavos por ação e recompraria mais US$ 70 bilhões em papéis.
As empresas europeias e do Reino Unido depositaram US$ 241,63 bilhões, o maior valor entre todas as regiões. Por lá, mais da metade do crescimento dos proventos das companhias vem dos bancos que conseguiram surfar bem em um ambiente de taxas de juros mais altas.
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O maior pagador individual global do segundo trimestre foi o HSBC, que distribuiu US$ 11,7 bilhões aos acionistas parte do valor veio da venda de seu negócio no Canadá.
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Os países emergentes não ficaram para trás. Os dividendos totais pagos por subiram para US$ 42,4 bilhões, um aumento de 7,4% em relação ao primeiro trimestre. O crescimento foi puxado principalmente pelas empresas petrolíferas do Brasil e da Colômbia. A Petrobras (PETR4), que liderou a distribuição de dividendos no Brasil em agosto, com R$ 6,8 bilhões, é uma das 15 empresas que mais pagam dividendos no mundo.
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Já as empresas asiáticas distribuíram US$ 76,7 bilhões para investidores. Mais de um terço do total no período foi contribuído por empresas de Hong Kong. A estatal de comunicação China Mobile foi a terceira maior pagadora de dividendos no trimestre, com US$ 6,3 bilhões. No Japão, alguns dos destaques foram seguradoras, fabricantes de veículos e empresas telecomunicações.
Confira as 10 maiores pagadoras de dividendos do mundo:
- HSBC – US$ 11,7 bilhões
- Nestle – US$ 8,7 bilhões
- China Mobile – US$ 6,3 bilhões
- Mercedes-Benz – 6,1 bilhões
- Allianz SE – US$ 5,8 bilhões
- BNP Paribas – US$ 5,6 bilhões
- Microsoft – US$ 5,5 bilhões
- Stellantis – US$ 5,2 bilhões
- Sanofi – US$ 5,1 bilhões
- Axa – US$ 4,8 bilhões