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Após registrar um dos piores desempenhos em janeiro, o FII Versalhes Recebíveis Imobiliários (VSLH11) encerrará fevereiro com o maior dividend yield (taxa de retorno com dividendos) entre os principais fundos imobiliários da Bolsa. O percentual ficou em 1,56%.
Os números tomam como base os dados da Economatica, plataforma de informações financeiras e levam em consideração os 111 fundos imobiliários que compõem o Ifix – índice dos FIIs mais negociados na Bolsa.
Todas as carteiras já anunciaram as distribuições de dividendos previstas para este mês. A última foi o BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11), que pagará R$ 0,95 por cota nesta terça-feira (28).
Em fevereiro, 54 carteiras tiveram um dividend yield acima de 1%. O número é superior aos 48 registrados em janeiro.
O Versalhes Recebíveis Imobiliários (VSLH11) depositou para os seus mais de 92 mil investidores R$ 0,11 por cota, equivalente a um retorno mensal de 1,56%, o maior entre os FIIs mais líquidos da B3.
Confira a lista dos dez maiores pagadores de fevereiro:
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Ticker | Fundo | Setor | Retorno com dividendos – fevereiro (%)* |
VSLH11 | Versalhes Recebíveis Imobiliários | Títulos e Val. Mob. | 1,56 |
KNHY11 | Kinea HY | Títulos e Val. Mob. | 1,38 |
ARRI11 | Átrio Reit Recebíveis | Títulos e Val. Mob. | 1,38 |
VGIR11 | Valora RE | Títulos e Val. Mob. | 1,35 |
CACR11 | Cartesia Recebíveis Imobiliários | Títulos e Val. Mob. | 1,32 |
HABT11 | Habtat II | Títulos e Val. Mob. | 1,30 |
OUJP11 | Ourinvest JPP | Títulos e Val. Mob. | 1,27 |
CVBI11 | VBI CRI | Títulos e Val. Mob. | 1,25 |
DEVA11 | Devant | Títulos e Val. Mob. | 1,25 |
URPR11 | Urca Prime Renda | Títulos e Val. Mob. | 1,24 |
Fonte: Economatica
Destaque do mês anterior, o Autonomy Edifícios Corporativos (AIEC11) pagou no início de fevereiro R$ 0,18 por cota, montante que representa um dividend yield de 0,27% – contra 1,94% de janeiro.
O Brazilian Graveyard And Death Care (CARE11) segue como único FII do Ifix que não têm distribuído dividendos. Primeiro fundo do segmento de cemitérios, a carteira chegou a ficar cinco anos sem pagar proventos, até julho de 2020, após a venda de um dos ativos do portfólio. O último repasse da carteira ocorreu em setembro de 2021.
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Versalhes Recebíveis Imobiliários, o maior dividend yield de fevereiro entre os FIIs
O dividend yield representa a relação entre o valor da cota e o dividendo distribuído por um fundo imobiliário em um determinado período. A variação destes fatores, portanto, influencia no comportamento do indicador. Isso ajuda a explicar o desempenho de fevereiro do Versalhes Recebíveis Imobiliários.
Na virada do ano, o (VSLH11) reduziu o rendimento repassado aos cotistas, de R$ 0,11 para R$ 0,07 por cota. Diante do corte, a carteira perdeu valor na Bolsa e registrou em janeiro queda de 22%, a segunda maior entre os FIIs mais líquidos da B3.
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Em fevereiro, porém, a carteira retomou o patamar anterior de dividendos, garantindo a quem comprou a cota no FII no final de janeiro – ainda acumulando uma forte desvalorização daquele período – o dividend yield de 1,56%.
Do tipo “papel” – que investe em títulos de renda fixa ligados ao mercado imobiliário –, o Versalhes Recebíveis tem hoje 83,7% do portfólio composto por CRIs (certificados de recebíveis imobiliários).
Embora reporte que todas as operações do fundo terminaram o mês passado adimplentes, a equipe de gestão sinaliza preocupação com pelo menos dez dos 34 CRIs.
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Os títulos – que receberam um alerta vermelho no último relatório gerencial do fundo – apresentam problemas do ponto de vista de performance e risco e estão sob um plano de ação para evitar possíveis prejuízos, explica o documento.
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Inadimplência de varejistas afeta dividendos dos FIIs em fevereiro
Nas últimas semanas, vários fundos reportaram inadimplência parcial ou total no pagamento do aluguel devido por locatários como Tok&Stok, Marisa e Americanas – que pediu recuperação judicial com dívidas que superam R$ 47 bilhões.
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Diante do calote, alguns FIIs tiveram de reduzir a distribuição de dividendos, enquanto outros já trabalham pela retomada dos imóveis.
O FII Max Retail (MAXR11), por exemplo, pagou aos investidores em fevereiro R$ 0,3161 por cota, menos da metade do dividendo repassado no mês anterior – de R$ 0,67 por cota.
No mês passado, a gestão havia sinalizado que não recebeu da varejista o aluguel referente a dezembro – com pagamento previsto para janeiro. O valor de R$ 514 mil havia sido incluído na lista de dívidas da companhia.
Dos nove imóveis do fundo, quatro estão locados atualmente para a Americanas, de acordo com último relatório gerencial divulgado pela carteira.
O VBI Logístico (LVBI11) comunicou ao mercado que a Americanas (AMER3) não efetuou o pagamento integral do aluguel de janeiro do galpão Aratulog, localizado na Bahia.
O FII da VBI Real Estate é dono de 70% do condomínio logístico, que conta com uma área bruta locável (ABL) de 478 mil metros quadrados. De acordo com os gestores, o contrato de locação com a B2W – do mesmo grupo da Americanas – representa 7% da receita do fundo.
Por causa da pendência, a carteira ajuizou uma ação de despejo contra a varejista. A Justiça chegou a determinar preliminarmente a saída da locatária, mas a decisão acabou sendo revogada na sequência.
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O Vinci Logística (VILG11) também entrou com ação de despejo contra a Estok Comércio e Representações, mais conhecida como Tok&Stok, que não pagou o aluguel do condomínio logístico Extrema Business Park I, localizado no município de Extrema, em Minas Gerais.
O valor da locação – que tinha vencimento em fevereiro – representa 14% das receitais totais do fundo, percentual que deve pesar nas próximas distribuições do fundo. O imóvel locado para a Tok&Stok corresponde a 11% da área bruta locável (ABL) total do fundo.
FIIs que mais pagaram dividendos nos últimos 12 meses
No acumulado dos últimos 12 meses, o Riza Akin (RZAK11) segue como dono do melhor dividend yield entre os fundos imobiliários do Ifix. No período, a carteira ostenta uma taxa de retorno com dividendos de 19,09%. Na sequência, aparecem o Ourinvest JPP (OUJP11) – fundo mais rentável de 2022 – e o NCH High Yield (NCHB11) com taxas de 16,90% e 16,84%, respectivamente. Confira a lista completa:
Ticker | Fundo | Setor | Retorno com dividendos – 12 meses (%)* |
RZAK11 | Riza Akin | Títulos e Val. Mob. | 19,09 |
OUJP11 | Ourinvest JPP | Títulos e Val. Mob. | 16,90 |
NCHB11 | NCH High Yield | Títulos e Val. Mob. | 16,84 |
RBHG11 | Rio Bravo Crédito Imobiliário | Títulos e Val. Mob. | 16,53 |
CACR11 | Cartesia Recebíveis Imobiliários | Títulos e Val. Mob. | 16,16 |
TGAR11 | TG Ativo Real | Desenvolvimento | 15,47 |
PORD11 | Polo Recebíveis | Títulos e Val. Mob. | 15,40 |
ARRI11 | Átrio Reit Recebíveis | Títulos e Val. Mob. | 15,33 |
URPR11 | Urca Prime Renda | Títulos e Val. Mob. | 15,29 |
VGIR11 | Valora RE | Títulos e Val. Mob. | 15,03 |
Fonte: Economatica – 27/02/2023
Com patrimônio de R$ 446 milhões, o Riza Akin (RZAK11) investe predominantemente em certificados de recebíveis imobiliários (CRI), que respondem atualmente por 74,4% da carteira.
Atualmente, 54,3% dos títulos estão indexados à taxa do CDI (certificado de depósito interbancário) e 43,7% ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, conforme aponta relatório gerencial do fundo divulgado na semana passada.
No relatório gerencial, a equipe de gestão do Riza Akin manifesta visão positiva para uma maior alocação em títulos indexados à taxa do CDI, seguidos de papéis atrelados em IPCA.
Em fevereiro, o fundo depositou R$ 1,20 por cota, equivalente a um retorno mensal de 1,22%, conforme mostra a página do fundo no InfoMoney.
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