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Empresas de energia são escolhas corriqueiras quando se trata de uma estratégia de renda passiva. Dentro deste setor, transmissoras costumam se destacar ainda mais, pela previsibilidade de receita e forte geração de caixa. Três nomes têm mais relevância neste cenário: Taesa (TAEE11), ISA CTEEP (TRPL4) e Alupar (ALUP11).
Aprenda o passo a passo para viver de dividendos e ter uma renda mensal previsível, começando já nas próximas semanas.
Mas qual é a melhor opção para o investidor que deseja recorrência e bons pagamentos de proventos? Segundo analistas consultados pelo InfoMoney, três pontos são cruciais para uma análise que responda essa pergunta: novos contratos de concessões, alavancagem e histórico de pagamentos.
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Veja, a seguir, como cada uma atende essas variáveis, quanto R$ 5 mil renderiam aplicados nelas por um ano e cinco anos, e saiba qual merece mais espaço na carteira focada em proventos (clique na empresa para navegar entre as análises):
Taesa (TAEE11)
“A Taesa foi o destaque nos últimos anos, na valorização da ação e na distribuição de dividendos”, diz Raony Rossetti, CEO e fundador da Melver. Segundo ele, em cinco anos, as ações subiram 140% e o dividend yield médio foi de 7,4%.
“Porém, olhando à frente, a companhia está em um estágio mais maduro do que as outras. Algumas concessões vencem primeiro e a gestão não está tão ativa nos leilões recentes. A explicação é a alavancagem, que está em 3,7x a dívida líquida/Ebitda, a maior dentre as três”, diz Rossetti.
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As concessões garantem a previsibilidade da receita que irá se converter em geração de caixa e dividendos. Com os vencimentos adiante, Rossetti acredita que o volume de pagamentos da Taesa poderá diminuir no futuro. Algo que Bruno Oliveira, da AGF, acredita que será momentâneo, pois a empresa tem novas concessões para sobrepor as antigas e poderá arrematar outros leilões futuramente.
“Não vejo a alavancagem da Taesa como algo preocupante. A dívida está alta em relação ao lucro operacional, mas a empresa continua crescendo e já geriu um nível de dívida desse antes. A receita é previsível e perene, o que permite uma gestão controlada desse endividamento”, diz Oliveira. “Provavelmente haverá estresse próximo de vencimentos grandes, mas o foco é no longo prazo.”
A AGF estima um dividend yield de 9,6% para a Taesa em 2024, com um pagamento de R$ 3,54 por ação. Um dos destaques da transmissora, para Oliveira, é sua recorrência de pagamento, de quatro vezes no ano. Veja desempenho passado da Taesa:
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Taesa (TAEE11) | 12 meses | 5 anos |
Aporte | R$ 5.000,00 | R$ 5.000,00 |
Total de ações adquiridas | 152 | 324 |
Patrimônio acumulado (valorização das ações) | R$ 5.320,00 | R$ 11.340,00 |
Proventos acumulados | R$ 301,91 | R$ 4.415,55 |
Retorno total (valorização + proventos) | R$ 621,91 | R$ 10.755,55 |
ISA CTEEP (TRPL4)
A ISA CTEEP possui a menor alavancagem do trio, de 2,4x. No ano passado, a empresa arrematou projetos importantes e deverá participar de outros leilões em 2024. Rossetti destaca que a empresa está fazendo uma reciclagem de portfólio relevante que será importante para o futuro das receitas e, consequentemente, para os dividendos.
A TRPL4 tem a segunda melhor distribuição de proventos dentre as três, mas Oliveira destaca que, atualmente, a empresa está pagando uma compensação financeira aos acionistas que não foi distribuída no passado. “Serão pagos R$ 25 bilhões nos próximos anos, até 2028. Eventualmente o volume irá cair, mas isso não significa que o operacional da empresa piorou ou algo nesse sentido. A perspectiva futura ainda é boa, mas é importante o investidor se preparar para essa mudança em poucos anos”, diz.
A recorrência de pagamento da empresa é de uma vez por ano. A AGF estima um dividend yield de 7,6% em 2024, com um pagamento acumulado de R$ 2,04 por ação. Veja o desempenho passado.
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ISA CTEEP (TRPL4) | 12 meses | 5 anos |
Aporte | R$ 5.000,00 | R$ 5.000,00 |
Total de ações adquiridas | 233 | 347 |
Patrimônio acumulado (valorização das ações) | R$ 5.799,37 | R$ 8.890,14 |
Proventos acumulados | R$ 432,77 | R$ 2.783,21 |
Retorno total (valorização + proventos) | R$ 1.232,14 | R$ 6.673,35 |
Alupar (ALUP11)
A Alupar está em processo de diminuir seu endividamento, atualmente em 3,4x. Entretanto, essa tentativa de melhoria operacional contrasta com a expectativa do mercado de que a empresa participe dos próximos leilões de transmissão.
A AGF não cobre a empresa, e Oliveira explica que essa decisão é devido à inconstância da empresa em relação a novos projetos. “Transmissoras tem um negócio cíclico, que precisa sempre estar entrando em novos projetos para se manter perene. A Alupar arrematou projetos grandes anos atrás e não manteve a recorrência. Isso nos desencoraja no longo prazo”, diz.
Para Rossetti, a empresa é interessante, porém não competitiva em relação aos seus pares. “Olhando para o passado, as três pagaram bons dividendos e bateram o Ibovespa. Taesa teve o melhor desempenho, seguida por ISA CTEEP”, diz. “Para o futuro, ISA CTEEP tem um conjunto mais promissor.”
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Já Oliveira acredita que há espaço para as duas. “O investidor não precisa escolher, Taesa e ISA CTEEP podem ser complementares.”
Alupar (ALUP11) | 12 meses | 5 anos |
Aporte | R$ 5.000,00 | R$ 5.000,00 |
Total de ações adquiridas | 207 | 267 |
Patrimônio acumulado (valorização das ações) | R$ 6.166,53 | R$ 7.953,93 |
Proventos acumulados | R$ 353,76 | R$ 1.165,97 |
Retorno total (valorização + proventos) | R$ 1.520,29 | R$ 4.119,90 |