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O Bitcoin (BTC) e a Nvidia (NVDC34) acabaram de lembrar aos investidores que dois dos ativos mais empolgantes do momento estão longe de ser apostas de sentido único.
De um lado, a maior criptomoeda do mundo registrou uma de suas quedas mais acentuadas na segunda-feira (24), a maior desde o início da recuperação da indústria de ativos digitais no início do ano passado.
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Enquanto isso, a Nvidia (NVDC34) – a garota-propaganda da revolução da inteligência artificial – caiu quase 7% e perdeu cerca de US$ 430 bilhões nas últimas três sessões. Essa é a maior perda de valor em três dias para qualquer empresa na história.
Durante períodos mais longos, ambos os ativos ainda apresentam retornos impressionantes. Mas a turbulência revela que as fissuras nas negociações de BTC e Nvidia apontam para uma perspectiva mais difícil para o apetite pelo risco, com a possibilidade de taxas de juros mais elevadas por mais tempo pairando sobre os mercados.
“As pessoas estão percebendo agora que o impulso funciona nos dois sentidos”, disse Chris Weston, chefe de research do Pepperstone Group. O Bitcoin precisa de “sentimento para alimentar a fera” e a Nvidia é “uma posição comprada incrivelmente saturada”, acrescentou.
O Bitcoin se estabilizou nesta terça-feira (25) e voltou ao patamar dos US$ 61 mil. Os futuros do índice Nasdaq 100, de alta tecnologia, subiram. As medidas sugerem que o sentimento mais amplo dos investidores permanece resiliente, apoiado por ganhos em ações globais, ouro e criptomoedas no ano passado.
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Carol Schleif, vice-diretora de investimentos da BMO Family Office, destacou à Bloomberg que uma versão de peso igual do S&P 500, que inclui os mesmos constituintes do índice ponderados por capitalização, subiu ontem, enquanto a Nvidia enfrentava dificuldades. O indicador de peso igual elimina vieses de capitalização.
“É preciso ampliar o mercado para que isso tenha sustentabilidade”, disse ela. “Acreditamos que os fundamentos podem sustentar mais indústrias do que apenas a tecnologia.”
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