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Temas sociais, combate à fome e desigualdade, integração regional – por meio de projetos de infraestrutura física ou digital – e mudanças climáticas, estas são as prioridades que devem nortear o trabalho de Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e ex-presidente do Banco Central (BC), em 2023.
Ele apresentou a sua visão para enfrentar os problemas estruturais da América Latina e o Caribe no evento Onde Investir 2023, organizado pelo InfoMoney. Entre os dias 16 de 19 de janeiro, o evento traz painéis sobre os mais diversos temas que influenciarão suas finanças e investimentos ao longo do ano. Clique aqui para se inscrever.
Goldfajn destacou os desafios que a América Latina e o Caribe enfrentam como consequências da pandemia do coronavírus e da guerra entre Rússia e Ucrânia, tais como choques inflacionários – com aumento nos preços de alimentos e combustíveis – além do crescimento da desigualdade e da fome.
Na visão do presidente do BID, estes problemas também terão seus efeitos na educação das novas gerações e devem ser sentidos no longo prazo. Ele chamou a atenção para as dificuldades de financiamento para os países da região, por conta do aumento de juros a nível global.
Em relação a questões estruturais, Goldfajn aponta uma desafio tríplice, com problemas sociais, questões fiscais, além de produtividade e crescimento dos países. “Temos a necessidade de combater a pobreza, desigualdade, exigir serviços públicos melhores, em uma região onde nem sempre todos os países têm os recursos que precisam”, disse.
Na visão dele, para ter acesso a mais recursos é preciso estimular a produtividade e crescimento das economias, um problema de décadas, mas onde as instituições públicas terão um papel relevante.
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As prioridades do BID
Goldfajn detalhou as prioridades do Banco Interamericano de Desenvolvimento, entre estas financiar a proteção social dos países e combater as desigualdades de gênero e renda. Para o curto prazo, ele colocou como norte o combate à fome e insegurança alimentar.
Mudança climática também deve ser um dos pilares da gestão de Goldfajn, que mostrou seu compromisso com a redução do aquecimento global, índices de carbono e a importância da preservação da Amazônia, pontos que considera devem ser trabalhados com agilidade pelo BID.
Outro fator é o financiamento para desastres climáticos, muito comuns na região da América Central e o Caribe.
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Goldfajn citou também a relevância da integração regional, com a promoção de projetos de infraestrutura física ou digital. O ex-presidente do Banco Central reforçou o seu compromisso com valores como a democracia e estado de direito nos países da região.
“Recentemente, nos posicionamentos no Brasil a favor da democracia, das instituições e do estado de direito. Esse é um valor que vamos manter no BID por mais tempo”, afirmou.