Dá para viver de renda com prêmio de R$ 3 milhões do BBB? Veja quanto campeão levaria

Independentemente de como for aplicado, dizem especialistas, valor renderia uma bolada mensal ao ganhador ou ganhadora

Monique Lima

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A 24ª edição do Big Brother Brasil (BBB) está no ar e neste ano o prêmio pode chegar a R$ 3 milhões. Entre “camarotes” e “pipocas” que enfrentam provas e a convivência na casa, somente um participante será consagrado vencedor. Enquanto essa definição não acontece, o que interessa saber é: dá para viver de renda com o prêmio do BBB24?   

A resposta mais objetiva é sim. Os R$ 3 milhões pagos pela TV Globo ao vencedor ou vencedora, se totalmente aplicados em produtos financeiros, podem render de R$ 24 mil a R$ 42 mil mensais, considerando o retorno de diferentes ativos.  

Segundo especialistas, o valor pode garantir uma renda mensal suficiente para ser “VIP” o resto da vida, desde que seja aplicado em ativos que ofereçam remuneração próxima de 1% ao mês – algo que está ficando mais difícil, mas ainda existe desde que se tome algum risco.

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“Pensando no prêmio de R$ 3 milhões, isso significa uma renda de R$ 30 mil mês, em média. É um valor significativo, dá para viver confortável”, explica Vicente Guimarães, CEO da VG Research.

Mas, quanto o valor pode render de fato em investimentos disponíveis atualmente no mercado? Para responder à pergunta, Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, simulou a pedido do InfoMoney quanto o rendimento do prêmio máximo estimado do BBB 24 em seis aplicações financeiras diferentes. Veja o resultado do cálculo.  

Renda mensal do prêmio de R$ 3 milhões do BBB24:  

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Tipo de investimentoTaxa ANUALTaxa MENSALRetorno MENSALRetorno ANUAL
TESOURO PREFIXADO 20269,70%0,81%R$ 24.250,00R$ 291.000,00
CDB (100% CDI) 11,15%11,15%0,93%R$ 27.875,00R$ 334.500,00
LCI / LCA (90% CDI) – Isento de IR10,04%0,84%R$ 25.087,50R$ 301.050,00
Ibovespa (BOVA11) 17,01%1,42%R$ 42.525,00R$ 510.300,00
Fundo multimercado14,97%1,25%R$ 37.425,00R$ 449.100,00
IFIX 15,50%1,29%R$ 38.750,00R$ 465.000,00
Fonte: Sidney Lima, Ouro Preto Investimentos. Data-base: 01/02/2024.
Os retornos listados são brutos, sem dedução do Imposto de Renda para os investimentos no Tesouro Direto, CDB, ações e fundos imobiliários.

A simulação considera condições atuais de mercado e retornos estimados. No caso das opções de renda fixa, o Tesouro prefixado de 2026 garante a rentabilidade de 9,70% no caso de segurar o investimento até o final, com remuneração mensal de R$ 24,2 mil.

Ao aplicar em CDB (Certificado de Depósito Bancário) e LCI (Letra de Crédito Imobiliário), o retorno irá variar conforme o CDI, indexador que cai junto com a taxa básica de juros. Em fevereiro de 2024, 100% do CDI significa 11,15% de retorno ao ano. A taxa gera renda mensal de R$ 27,9 mil agora, mas bem menos no fim de 2024, para quando o mercado espera um CDI perto de 9% ao ano. 

Como investir uma fortuna como essas?

Jonas Carvalho, CEO da Hike Capital, afirma que colocar um montante de R$ 3 milhões em uma única aplicação não é uma boa ideia. Mesmo se a escolha for por renda fixa, ele indica que deve ser um aporte diversificado, com opções de liquidez diária até fundos mais complexos. Segundo ele, é possível garantir um retorno de 120% do CDI com uma carteira de renda fixa bem alocada.  

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Para a renda variável o retorno é ainda mais incerto. O investidor deve considerar a valorização dos papéis em conjunto com o pagamento de dividendos. Na simulação foram considerados os retornos dos índices Ibovespa (ações) e Ifix (fundos imobiliários) sem os dividendos.  

Fundos imobiliários pagam dividendos mensais, o que ajuda na montagem de um portfólio. Entretanto, são poucas as ações que pagam seus acionistas mês a mês.  

“Antes de começar a investir, é preciso determinar a quantidade de renda passiva que deseja gerar com os investimentos em ações de dividendos mensais. Isso ajudará a orientar as escolhas de investimento”, diz Ricardo Schweitzer, analista independente especializado em dividendos.  

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Para isso, tanto no caso das ações quanto no caso dos FIIs, rendimento passado nem sempre reflete o rendimento futuro. As empresas e os fundos devem dar sinais de que vão crescer ao longo dos próximos anos. “Uma seleção criteriosa de ativos envolve a análise dos lucros, receitas, dívidas, fluxo de caixa e continuidade de pagamentos”, diz Guimarães. 

“A melhor opção é uma carteira diversificada”, diz o CEO da VG Research. “Para um perfil moderado, uma divisão 40% FIIs, 40% ações e 20% renda fixa pode trazer bons retornos. Se quiser sofisticar ainda mais, dá para balancear com ações internacionais e fazer um 35/35/20/10 (%)”.  

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