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Em mais uma sessão de baixa – a terceira seguida depois de ser questionado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) –, o Maxi Renda (MXRF11) fechou o pregão desta sexta-feira (28) com forte queda de 4,41%, a maior entre os fundos que compõem o IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa. Na semana, o fundo acumula perdas de 9,54%.
Nesta quinta-feira (27), a CVM se manifestou sobre a recente discussão em torno da distribuição de dividendos do Maxi Renda (MXRF11), maior fundo imobiliário do País em número de cotistas. Além de reforçar o posicionamento, a autarquia avisou que o parecer pode se estender a outros fundos em situação semelhante à do Maxi Renda.
Por maioria de votos, o colegiado da CVM entendeu, no final do ano passado, que um fundo imobiliário não pode distribuir mais dividendos do que o lucro acumulado pela carteira. O posicionamento foi divulgado na última terça-feira (25).
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A análise teve como base as demonstrações financeiras do Maxi Renda, entre 2014 e 2020, período em que o fundo chegou a apresentar prejuízo contábil e, mesmo assim, seguiu com a distribuição de dividendos.
Em nota de esclarecimento divulgada na noite de ontem, a CVM reafirmou o entendimento e destacou que a decisão parcial não se refere apenas ao Maxi Renda
“A referida decisão envolveu um caso específico. Contudo, o entendimento ali manifestado pode se aplicar aos demais fundos de investimento imobiliário que tenham características similares ao do caso analisado”, detalha o documento.
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De acordo com a nota da CVM, os fundos imobiliários têm a liberdade para definir os valores que serão distribuídos aos cotistas. No entanto, em caso de prejuízo contábil, o rendimento gerado pelo FII deveria ser repassado em forma de amortização do patrimônio.
No comunicado, a autarquia também reforçou que o Maxi Renda poderá apresentar pedido de reconsideração sobre o parecer. O fundo já manifestou a intenção de recorrer da decisão.
Nos últimos dois pregões, as cotas do Maxi Renda registram queda de quase 6%. Hoje, às 12h24, fundo aprofundava a queda com baixa de 1,47%. Mais informações sobre o caso ao longo do Central de FIIs.
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IFIX Hoje
Nesta sexta-feira (28), o Ifix operou próximo da estabilidade ao longo da sessão, mas fechou o dia no campo positivo. O indicador registrou leve alta de 0,10%, aos 2.769 pontos. No mês, o índice acumula queda de 1,24%.
Maiores altas desta sexta-feira (28):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
SARE11 | Santander Renda | Híbrido | 2,45 |
VINO11 | Vinci Offices | Lajes Corporativas | 2,03 |
VGHF11 | Valora Hedge Fund | Títulos e Val. Mob. | 1,78 |
RBRP11 | RBR Properties | Outros | 1,66 |
RZAK11 | Riza Akin | Títulos e Val. Mob. | 1,63 |
Maiores baixas desta sexta-feira (28):
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Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
MXRF11 | MAXI RENDA | Híbrido | -4,41 |
BLMR11 | Bluemacaw Renda+ FOF | Títulos e Val. Mob. | -3,55 |
HSLG11 | HSI Logística | Logística | -1,37 |
XPCI11 | XP Credito Imobiliário | Outros | -1,26 |
XPIN11 | XP Industrial | Outros | -1,2 |
Fonte: B3
Valora Hedge (VGHF11) planeja captar R$ 250 milhões em 3ª emissão de cotas
Em fato relevante divulgado nesta quinta-feira (27), o fundo Valora Hedge comunicou a aprovação da terceira emissão de cotas do fundo, que pretende captar até R$ 250 milhões.
O fundo estipulou o valor unitário das novas cotas em R$ 9,46, mais a taxa de distribuição, inicialmente de R$ 0,34. O valor total da subscrição ficará em R$ 9,80.
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No último pregão, as cotas do Valora Hedge fecharam valendo R$ 10,11, com alta de 0,20%.
Segundo comunicado, os cotistas poderão manifestar direito de preferência na proporção de 79%. Não haverá exigência de investimento mínimo.
Do tipo “papel” – fundo que investe em títulos do setor imobiliário – o Valora Hedge tem hoje um patrimônio de R$ 315 milhões. De acordo com o último relatório gerencial, quase 70% da carteira é formada por certificados de recebíveis imobiliários (CRI).
Em 12 meses, o retorno com dividendos do fundo está em 12,17%. Em janeiro, a cota do Valora Hedge sobe 1,30%.
Dividendos de hoje
Confira os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta sexta-feira (28):
Ticker | Fundo | Rendimento |
FTCE11B | Opportunity | R$ 70,29 |
PBLV11 | Prologis Brazil Logistics Venture | R$ 36,28 |
VLJS11 | Vector Queluz Lajes Corporativas | R$ 28,82 |
BCIA11 | Bradesco Carteira Imobiliária Ativa | R$ 0,64 |
CTXT13 | Centro Têxtil Internacional | R$ 0,37 |
CTXT14 | Centro Têxtil Internacional | R$ 0,34 |
CNES11 | Cenesp | R$ 0,14 |
Fonte: InfoMoney
Giro imobiliário: Inflação do aluguel acelera em janeiro e como ficam os FIIs após decisão da CVM sobre o Maxi Renda
IGP-M acelera a 1,82% em janeiro, aponta FGV
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 1,82% em janeiro, após alta de 0,87% em dezembro, informou nesta sexta-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava alta de 2,00% para o indicador, com estimativas de 0,80% a 2,34%. A inflação acumulada em 12 meses pelo IGP-M desacelerou de 17,78% para 16,91%, também abaixo da mediana do levantamento, de 17,10% (projeções de 15,74% a 17,79%).
A aceleração do IGP-M de janeiro foi puxada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que subiu 2,30% em janeiro, ante 0,95% em dezembro. O índice de preços no atacado acumula variação de 19,32% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), por outro lado, desacelerou de 0,84% para 0,42% na margem, com inflação acumulada de 9,33% em 12 meses.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) avançou de 0,30% em dezembro para 0,64%, conforme já divulgado pela FGV na última quarta-feira, 26. O indicador acumula alta de 13,70% em 12 meses.
Após decisão da CVM sobre dividendos do Maxi Renda (MXRF11), ainda vale a pena investir em fundos imobiliários?
A decisão da Comissão de Valores Mobiliários sobre a distribuição de dividendos do Maxi Renda sacudiu a indústria dos fundos imobiliários e trouxe uma série de incertezas para os investidores. Afinal, ainda vale a pena investir em FIIs?
O tema foi destaque da edição extraordinária de quarta-feira (26) do Liga de FIIs, programa produzido pelo InfoMoney, que contou com a participação de André Masetti, gestor da XP Asset, e Felipe Ribeiro, sócio da Quatá Imob. Inicialmente, eles recomendaram aos investidores entendimento sobre o assunto – e muita calma.
Um dia depois do parecer da CVM, as cotas do Maxi Renda caíram 3,9%, acima da queda do IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa –, que registrou queda de 0,7%. O volume financeiro negociado pelo Maxi Renda naquele pregão chegou a R$ 43 milhões, quase oito vezes acima da média diária do fundo em janeiro.
“Muitas pessoas, querendo ou não, ficaram nervosas e venderam suas cotas no prejuízo e de forma precipitada”, opina Masetti.
Felipe Ribeiro, da Quatá Imob, considera séria a decisão da CVM sobre o Maxi Renda, mas sugere muita calma ao investidor. Para ele, decisões precipitadas geram perdas que, no futuro, poderiam ser evitadas. Confira mais dicas e perspectivas dos gestores sobre o futuro dos fundos imobiliários.
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