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SÃO PAULO – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide nesta quarta-feira (27) o novo patamar da taxa básica de juros – a Selic – fixada atualmente em 6,25% ao ano.
A autoridade monetária elevou a taxa em 1 ponto percentual nas últimas duas reuniões, em agosto e setembro – e até poucas semanas atrás, a expectativa era de que fizesse o mesmo nesta reunião e na próxima, que será a última de 2021.
Mas os economistas passaram a revisar as projeções depois que o governo anunciou um acordo para “driblar” o teto de gastos na semana passada, com o objetivo de acomodar no orçamento o pagamento do Auxílio Brasil – nova versão do Bolsa Família, estendido a cerca de 17 milhões de famílias e com um valor médio de R$ 400 mensais, mais alto que o atual.
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Nesta semana, novas notícias se somaram às preocupações com o descontrole fiscal no país. O IPCA-15, tido como uma prévia do IPCA, índice de inflação oficial, ficou em 1,20% em outubro frente a setembro. Foi a maior variação para o mês desde 1995 (1,34%) e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%).
Com isso, as expectativas agora são de um aumento maior. “Em nossa avaliação, a relação risco-recompensa entre crescimento e inflação com uma alta de 1,75 ponto não é desfavorável e pode eventualmente reduzir a necessidade de uma resposta mais agressiva em 2022”, avaliou Alberto Ramos, chefe de pesquisa econômica para a América Latina do Goldman Sachs, em relatório.
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- Copom: após IPCA-15, economistas veem chances de alta da Selic acima de 1,5 ponto na reunião desta quarta
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Um levantamento feito pela equipe de fundos da XP com 36 gestores de estratégia multimercado macro mostra que 85,7% deles esperam alta de 1,5 ponto da Selic nesta quarta. Uma parcela de 8,6% que acredita em elevação de 1,25 p.p. e outra de 5,7% vê alta superior a 1,5 ponto. A pesquisa foi realizada ao longo de segunda (25) e terça-feira (26).
Com isso, a mediana das projeções para a taxa Selic no fim de 2021 foi elevada de 8,25% para 9,25% ao ano, se comparada à pesquisa feita antes da última reunião do Copom, em setembro.
Para entender o impacto da decisão sobre a economia e os investimentos, Mariana Segala, editora de Investimentos do InfoMoney, conversa, às 19h, com Luana Miranda, economista da GAP Asset, e com Patrícia Palomo, sócia da Sonata Gestão de Patrimônio.
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