Conselhos controversos, contabilidade criativa e ‘semi-presidencialismo’: as opiniões de Pedro Cerize

As perspectivas do sócio-fundador da Skopos Investimentos em relação aos temas mais discutidos atualmente no mercado financeiro

Lucas Collazo

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O mercado financeiro possui algumas figuras emblemáticas. Entre gestores e gestoras de fundos que ganharam muito dinheiro ao longo da história, economistas que pensam a realidade e o futuro, nomes que influenciam.

Pedro Cerize certamente é um deles. Quando falo sobre qualquer convidado do Stock Pickers, normalmente atribuo funções e cargos, mas para esse aqui sinto dificuldade.

Poderia dizer que ele passou boa parte do tempo sendo um dos grandes responsáveis pela gestão do fundo Skopos. Também diria que outras grandes figuras do mercado de extremo respeito, como Luis Stuhlberger, por exemplo, ligavam para ele no passado para “trocar figurinhas” sobre suas opiniões em relação ao mercado.

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Eu acho que a melhor descrição seria que ele é um dos grandes conselheiros controversos do mercado. “Se conselho fosse bom, seria cobrado” pode ter ecoado em sua mente após essa definição. Mas o fato é que ele, de fato, possui negócios atualmente que cobram pelas impressões dele.

Mas independentemente disso, boa parte do que ele disse se no nosso programa se materializou e, talvez por ser menos óbvio, as pessoas deram menor credibilidade a esses pontos.

Certamente uma das conversas que eu e o Henrique Esteter (meu fiel escudeiro no Stock Pickers) mais gostamos de ter. Nessa última oportunidade, não foi diferente.

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Temas como presidencialismo no Brasil, contabilidade criativa, inteligência artificial, permearam o conteúdo todo. Porém, faço ao menos um destaque aqui, sentindo que estou sendo injusto com esse episódio – que merece sua atenção do início ao fim.

Um dos temas centrais do mercado desde o ano passado e até aqui: como será o pouso da economia americana. Será duro, suave ou não vamos discutir o tal pouso?

Para Cerize, diferentemente do discurso atual do mercado, teremos sim o “hard landing” e isso será bom para os ativos brasileiros. Tudo que eu ouvi e li indicou o contrário, se caso tivermos um pouso mais agressivo da economia, seria ruim para o Ibovespa, por exemplo.

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Nesse caso, teríamos mais uma “pernada” para as commodities e isso beneficiária a nossa Bolsa, pela grande presença de exportadoras desses produtos.

Detalhe! quando nosso convidado fez esta ponderação, fiz questão em realizar uma pausa no programa e perguntar novamente.

Bom, sem mais, acompanhe o episódio.

Lucas Collazo

Host e conselheiro no fundo do Stock Pickers | Especialista em alocação e fundos de investimento no InfoMoney