Confira 8 ações recomendadas para novembro; spoiler: Petrobras e Itaú são favoritas

Das nove corretoras consultadas, cinco recomendaram a petrolífera e o banco

Lucas Gabriel Marins

(Shutterstock)
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Em outubro, os mercados globais passaram por correções em meio a incertezas em torno das eleições nos Estados Unidos e dos dados econômicos do país. No Brasil, a preocupação dos investidores com a política fiscal e as taxas de juros elevadas aumentou a pressão sobre os ativos locais. Como resultado, o Ibovespa encerrou o mês com uma queda de 1,6%, enquanto o dólar alcançou seu maior valor em três anos.

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Diante desse cenário, as corretoras optaram por manter nas carteiras de novembro empresas já consolidadas. “Neste momento, há muito risco precificado no valuation dos ativos brasileiros”, escreveu a equipe de research do BTG Pactual. “Diante dos desafios atuais no cenário brasileiro, estamos adotando uma estratégia mais conservadora para nosso portfólio”, disse a Genial Investimentos.

Todo mês, o InfoMoney compila as carteiras recomendadas das principais corretoras locais. Apenas as ações citadas pelo menos três vezes são consideradas. Petrobras (PETR4) e Itaú Unibanco (ITUB4) foram os papéis que receberam mais “likes”, assim como em outubro. A JBS (JBSS3) saiu da lista e, no lugar da gigante dos alimentos, entraram Equatorial (EQTL3) e outras empresas.

Confira a seguir as oito companhias mais recomendadas para novembro, a quantidade de recomendações e os desempenhos de cada papel em outubro:

EmpresaNº de recomendaçõesRetorno em outubro
Petrobras (PETR4)5-5,64%
Itaú Unibanco (ITUB4)5-2,17%
Cyrela (CYRE3)43%
Vale (VALE3)4-3,50%
Equatorial (EQTL3)3-3,60%
Localiza (RENT3)3-1,50%
Lojas Renner (LREN3)3-0,60%
Direcional (DIRR3)31,95%
Fontes: BB Investimentos, Ágora, Genial, Empiricus, Terra, BTG, XP, Ativa e Santander.

Petrobras (PETR4)

Para a Ágora Investimentos, a tese para o investimento na Petrobras são as expectativas com a distribuição de dividendos. “A empresa segue com boa geração de caixa e estimamos um rendimento médio de dividendos justo de 12% para os próximos cinco anos”, disse em relatório. A casa mantém recomendação de compra para a ação e sugere que os investidores monitorem o plano estratégico da companhia.

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Itaú Unibanco (ITUB4)

Segundo o BTG Pactual, o Itaú conseguiu surfar bem nas mudanças do negócio bancário varejista, especialmente no segmento de baixa renda. “O Itaú fez um ótimo trabalho (o melhor entre os incumbentes) aceitando e se adaptando ao cenário de mudanças, o que acreditamos que permitirá que seu ROE sustentável aumente a diferença em relação aos pares”.

Cyrela (CYRE3)

A empresa tem apresentado resultados operacionais sólidos de forma
consistente, apesar de o cenário macroeconômico não ter sido favorável para o segmento de média e alta renda, segundo o BTG Pactual. Além disso, segundo o banco de investimentos, a Cyrela tem um “forte pipeline de projetos para os próximos trimestres, e a administração está otimista quanto ao desempenho de suas vendas”.

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Vale (VALE3)

Segundo a Terra Investimentos, a empresa demonstra resiliência mesmo diante da desaceleração da economia chinesa, apresentando resultados alinhados com as expectativas do mercado. A Vale, segundo a casa, “conseguiu reduzir significativamente seus custos de produção, o que evidencia sua eficiência operacional e fortalece suas margens de lucro”.

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Equatorial (EQTL3)

A holding, atuante nos setores de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, compõe 15% da carteira da Empiricus, ocupando a liderança ao lado de outros três ativos. A casa destaca que prioriza “ações de empresas rentáveis, em bom momento operacional, com balanços robustos e motores de crescimento próprios”. O setor elétrico representa 25% da carteira, seguido pelo setor defensivo, com uma participação de 20%.

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Localiza (RENT3)

A companhia vem se beneficiando de melhores condições de compra de veículos e de um mix de safras da frota mais favorável, segundo a Terra Investimentos. “O rejuvenescimento da frota deve continuar melhorando a eficiência de custos. Além disso, a perspectiva de expansão no México representa uma nova avenida de crescimento. O cenário de concorrência mais disciplinada e a resiliência da demanda também são fatores positivos”.

Lojas Renner (LREN3)

A equipe de research do BTG Pactual disse que gostou de algumas iniciativas recentes da Renner para melhorar a variedade de produtos e os prazos de entrega por meio do novo centro de distribuição. Essas medidas, afirmaram, devem aumentar a lucratividade e a produtividade das lojas. “As iniciativas começaram a dar frutos, que devem aparecer gradualmente nos resultados da LREN nos próximos trimestres”.

Direcional (DIRR3)

A construtora foi uma das escolhas da Genial Investimentos. A corretora disse que, diante dos desafios atuais no cenário brasileiro, decidiu “adotar uma estratégia mais conservadora para nosso portfólio, com foco em empresas de grande capitalização, alta liquidez e betas menores do que 1, que indicam menor volatilidade”.

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A cada início de mês, o InfoMoney reúne os investimentos mais recomendados por quem entende do assunto.

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