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Fazer um pé-de-meia, como diziam os antigos, pode ser um desafio para muitas pessoas, principalmente para aquelas com dificuldade de economizar. No entanto, algumas estratégias podem ajudar a alcançar o objetivo financeiro, como elaborar um orçamento pessoal detalhado, registrando todas as despesas; definir uma meta clara; e investir de forma estratégica, aproveitando o cenário econômico do Brasil.
Com a alta de juros, segundo especialistas, os títulos de renda fixa se destacam como opções de investimento por causa dos retornos atrativos e da segurança oferecida. Pensando nisso, o InfoMoney pediu para Humberto Aillón, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), simular quanto tempo levaria para juntar R$ 200 mil, quais seriam os valores de aporte necessários e quais títulos seriam os mais indicados.
O cálculo foi feito com base em aportes mensais constantes, reinvestindo 100% dos rendimentos e sem considerar retiradas. A projeção utilizou um CDI de aproximadamente 14,37% ao ano e uma inflação média de 4,6% a.a. Para as simulações atreladas à inflação, o especialista considerou um prêmio de Inflação + 7,2% a.a.
“O ideal é investir pelo menos 25% a 35% da sua renda líquida, mas sabemos que não é a realidade da maioria do povo brasileiro, então, dado esse cenário, a sugestão é buscar economizar e renegociar os custos em excesso e sempre investir”, falou o especialista.
Prefixado
Investindo R$ 300 por mês em títulos prefixados, uma pessoa levaria 16 anos para acumular R$ 200 mil, considerando uma taxa de 14,37% ao ano. Com aportes mensais de R$ 500, o prazo cairia para 13 anos. Já com contribuições de R$ 2 mil a cada 30 dias, o objetivo seria alcançado em apenas 6 anos, de acordo com a simulação.
Título | Aporte mensal | Anos |
Tesouro prefixado | R$ 300 | 16 |
Tesouro prefixado | R$ 500 | 13 |
Tesouro prefixado | R$ 1.000 | 9 |
Tesouro prefixado | R$ 2.000 | 6 |
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Títulos atrelados à inflação
Com títulos atrelados à inflação, a meta demoraria um pouco mais para ser alcançada, pelo menos com aportes pequenos. Com o investimento de R$ 300 mensais, por exemplo, o investidor conseguiria juntar R$ 200 mil em 18 anos, segundo a simulação. Já se alocasse R$ 1.000, o objetivo estabelecido seria batido em 9 anos.
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Título | Aporte mensal | Anos |
Pós-inflação | R$ 300 | 18 |
Pós-inflação | R$ 500 | 14 |
Pós-inflação | R$ 1.000 | 9 |
Pós-inflação | R$ 2.000 | 6 |
CDBs
Entre as opções de renda fixa, os CDBs que rendem 120% do CDI permitem alcançar o objetivo mais rapidamente. Com aportes mensais de R$ 300, o investidor levaria 15 anos para atingir R$ 200 mil. Com R$ 500 por mês, esse prazo cairia para 12 anos. Já com aportes de R$ 2.000 mensais, o montante seria alcançado em apenas 5 anos.
Título | Aporte mensal | Anos |
CDB 120% do CDI | R$ 300 | 15 |
CDB 120% do CDI | R$ 500 | 12 |
CDB 120% do CDI | R$ 1.000 | 8 |
CDB 120% do CDI | R$ 2.000 | 5 |
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Erros a evitar na hora de investir em renda fixa
Em relatório publicado nesta semana, a XP destacou que os títulos de renda fixa continuam sendo opções rentáveis e seguras. No entanto, alertou que alguns cuidados são essenciais para evitar erros que possam comprometer a rentabilidade.
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Uma das principais recomendações é diversificar a alocação e não investir apenas em pós-fixados, pois, segundo a casa, isso pode fazer com que o investidor perca a oportunidade de aproveitar taxas de juros reais de 7,5%. Além disso, os analistas recomendam priorizar papéis de vencimento mais curto para reduzir a exposição às oscilações das taxas de juros e mitigar riscos.
Outra orientação é evitar a ansiedade de vender os títulos antes do prazo. “A recomendação é focar no potencial de carrego dos títulos e alinhar o vencimento com o objetivo do investimento”, escreveu a XP.
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