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SÃO PAULO – Investidores que possuem R$ 100 mil para aplicar têm uma vantagem frente aos outros: a possibilidade de diversificar seus investimentos. Eles podem, portanto, dividir as aplicações em fundos multimercado ou de ações, títulos de renda fixa e títulos públicos.
Isso vale tanto para os que têm perfil conservador quanto moderado. De acordo com Bruno Ponciano, assessor de investimentos e sócio da Aequilibrium Investimentos, com a Selic em 7% ao ano os títulos de renda fixa vão trazer um rendimento pequeno. Por isso, ele recomenda que os investidores comecem a diversificar suas aplicações e apostem em outras modalidades.
“Um investidor que se considera conservador e não investe em fundos, como um multimercado, por exemplo, não corre riscos mas também não dá passos para a frente no cenário de hoje. O que ele não sabe é que pode minimizar os riscos apostando em fundos mais balanceados, que não sejam tão voláteis”, explicou. Dois que têm esse perfil são o Mirae Asset Multimercado Macro Strategy e o XP Macro Institucional, que têm um histórico de rendimento de 114% e 133% do CDI nos últimos meses, respectivamente.
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Os fundos multimercados são os indicados por poderem englobar aplicações em diversas modalidades: renda fixa, títulos públicos, títulos cambiais, derivativos, commodities, ações e outros.
Para Ponciano, uma pessoa que tem R$ 100 mil pode diversificar as aplicações entre CDBs pós-fixados que peguem pelo menos 100% do CDI (este dinheiro é aquele que será usado em caso de necessidade, como reserva de emergência), CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) ou CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), debêntures e títulos prefixados com prazo médio de três anos. É importante lembrar que as debêntures, os CRI e os CRA não possuem garantia do FGC, por isso é preciso avaliar bem a qualidade do emissor antes de fazer uma aplicação nesses títulos.
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Já em relação aos fundos multimercados, ele indica que o investidor mais conservador migre aos poucos, para ir se acostumando com volatilidade e ir gradativamente saindo da renda fixa. Como exemplo de bons fundos multimercado para esse perfil ele cita o Mirae Asset Multimercado Macro Strategy ou XP Macro Institucional.
Marina Boité, assessora de investimentos da Inove, tem opinião semelhante, mas acrescenta que o investidor deve “escalonar os prazos de vencimento” dos títulos e optar por “diferentes ativos e indexadores”. Mesmo que os R$ 100 mil estejam dentro do limite de cobertura por instituição do FGC, ela não recomenda aplicar em apenas um emissor.
Na opinião dela que têm perfil conservador e maior aversão a risco podem diversificar suas aplicações em CDBs com rentabilidade superior a 100% do CDI, um CDB atrelado ao IPCA e LCIs que, também, paguem pelo menos 100% do CDI. Além dessas, Marina sugere incluir dois fundos em sua carteira: cerca de R$ 5 mil no Sparta Top FIC FI RF Crédito Privado e outros R$ 15 mil no CSHG Income FC FI RF Crédito Privado, ambos de renda fixa.
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Além de sugestões para um investidor conservador que tenha R$ 100 mil, Marina também sugeriu títulos para investidores de perfil moderado que possuam a mesma quantia. Nesse caso, ela sugere os CDBs mencionados e a aplicação no CSHG Income FC FI RF Crédito Privado, além de acrescentar aplicações em fundos multimercado e de ações – Adam XP Macro Strategi FC FI Multimercado e Athena Total Return II Fic FI Ações, respectivamente.
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