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SÃO PAULO – O Adam Strategy, fundo multimercado da Adam Capital – gestora que tem como um dos sócios-fundadores o gestor Márcio Appel – completou 6 meses de vida com uma rentabilidade acumulada de 9,85%, o que equivale a 242,6% sobre o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) do período. A rentabilidade ficou à frente do Adam Macro, primeiro fundo lançado pela gestora ao público (e que está fechado há um ano) e também superou os ganhos do Advanced, fundo destinado apenas a investidores qualificados e que também está fechado.
Segundo Appel, um dos principais responsáveis pelo bom desempenho do Strategy foi a seleção de ações internacionais. “É uma estratégia diferente de qualquer outro gestor no Brasil. Usamos o método top down, mas expelimos nossa leitura macro ou temática na seleção de ações. Nosso objetivo não é superar o S&P. A ideia da estratégia é integrar o mercado de juros e moedas a todo o resto [do portfólio], e não ser apenas uma carteira de ações isolada”, disse Appel em entrevista ao InfoMoney.
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A intenção por trás do método usado pela Adam é abrir um universo muito maior de possibilidades com a seleção de papéis fora do país. “Quando investimos em grandes empresas internacionais ganhamos muito mais maneiras de construir um portfólio para que ele reflita nossa leitura de longo prazo. A capacidade de diminuir riscos e aumentar retornos foi melhor do que a gente imaginava”, afirma o gestor.
A estratégia deu tão certo que passou a fazer parte dos outros dois fundos da casa antes do previsto. “Nossa intenção era incorporar aos outros dois fundos no final de 2017, mas isso foi antecipado em 3 meses porque o resultado estava sendo muito bom e a diferença de rentabilidade do do Strategy para o Macro e o Advanced estava aumentando” diz.
Fundo deve fechar para captação em breve
Os bons resultados do ano passado e o histórico vencedor de Appel têm atraído cada vez mais investidores. Até metade de janeiro, o Strategy já tinha um patrimônio líquido de R$ 5,6 bilhões e o fundo máster deve fechar quando atingir a casa dos R$ 10 bilhões. “Esperamos chegar nesta marca entre o final de março e início de abril. Mas pode ser antes”, diz. Após o fechamento do fundo máster, a ideia é abrir outros fundos que repliquem a mesma estratégia, mas que tenham uma carência de resgate maior. “Vamos possivelmente passar para D-60 e depois D-90 ao longo do tempo”, diz. A carência atual é de 30 dias após o pedido de resgate.
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Diferentemente do Macro e do Advanced, o Strategy não opera os juros locais – o risco dessa classe de ativos foi transferido para o mercado de câmbio. “Essa substituição se mostrou muito eficiente. Tanto que a correlação ficou muito alta com Macro e Advanced, sem nenhum dano à rentabilidade – pelo contrário”, destaca.
Além do câmbio o gestor também opera ações brasileiras com o Strategy – onde, aliás, deposita grandes expectativas. Mesmo com a alta recente do Ibovespa, que nesta semana bateu o patamar de 80 mil pontos, Appel acredita que o mercado acionário ainda tem muito espaço para subir. “Não ficaríamos surpresos se a Bolsa dobrar em 12 meses”, diz.
Para o lançamento do Strategy a gestora contratou no ano passado dois analistas que acompanham o mercado de ações internacionais em busca de oportunidades. Um terceiro profissional deve se juntar a eles no início de fevereiro. Além disso, a Adam também efetivou a contratação de 4 novos profissionais ao longo de 2017 e já conta com 20 colaboradores. “Contratamos jovens recém-formados que esperamos preparar ao longo dos próximos anos para serem a nova geração da companhia”, afirma Appel. Mas com os profissionais mais experientes na faixa dos 40 anos, ele destaca que a equipe atual ainda têm muito trabalho à frente do mercado. “Somos muito novos. Não só a empresa, como toda a equipe. Estamos só começando”, conclui o gestor.
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