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O presidente e diretor executivo da Coinbase Inc., Brian Armstrong, o membro do conselho Marc Andreessen e outros executivos da corretora americana de criptomoedas evitaram mais de US$ 1 bilhão em perdas usando informações privilegiadas para vender ações poucos dias após a abertura de capital da empresa dois anos atrás, antes notícias negativas fazerem o preço do papel desabar, afirma uma ação movida por um investidor nos EUA.
O conselho da empresa optou por uma listagem direta em vez de uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) e vendeu rapidamente US$ 2,9 bilhões em ações antes que a administração da Coinbase revelasse mais tarde “informações negativas e materiais que destruiriam o otimismo do mercado desde o primeiro resultado trimestral da empresa”, de acordo com um processo ingressado na segunda-feira (1) no estado americano de Delaware.
“Em cinco semanas, essas ações perderam mais de US$ 1 bilhão em valor e a capitalização de mercado da Coinbase despencou mais de US$ 37 bilhões”, afirmou o investidor Adam Grabski, que disse ter ações da Coinbase desde abril de 2021.
Armstrong vendeu US$ 291,8 milhões em ações da Coinbase como parte da listagem direta, de acordo com a ação, enquanto a empresa de capital de risco de Andreessen, Andreessen Horowitz (a16z), vendeu US$ 118,6 milhões em ações.
“Como a mais popular e única exchange de criptomoedas de capital aberto nos EUA, às vezes somos alvo de litígios frívolos”, disse a Coinbase em um comunicado por e-mail. “Este é um exemplo de uma dessas reivindicações sem mérito.”
A ação apresentada contra a empresa busca a devolução de “ganhos ilícitos” de Armstrong e Andreessen, juntamente com a presidente Emilie Choi, a diretora financeira Alesia Hass, a diretora de contabilidade Jennifer Jones e a ex-diretora de produtos Surojit Chatterjee, além dos membros do conselho Frederick Ersham, Fred Wilson e Kathryn Haun.
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Violação de privacidade
Em uma ação separada, a Coinbase está sendo ainda acusada de coletar ilegalmente modelos faciais e impressões digitais de seus clientes, violando a lei de privacidade biométrica do estado de Illinois, de acordo com uma proposta de ação coletiva nos EUA.
A exchange de criptomoedas coleta dados faciais de cópias de identidades emitidas pelo governo e selfies que os usuários são obrigados a enviar quando criam uma conta, de acordo com o processo aberto também na segunda-feira em um tribunal federal de São Francisco.
Posteriormente, a Coinbase coleta dados de impressões digitais quando os clientes fazem login em suas contas, de acordo com o documento.
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A acusação se baseia na Lei de Privacidade de Informações Biométricas de Illinois, que alimentou dezenas de ações judiciais contra empresas de vários setores nos últimos anos. A lei exige que as empresas obtenham consentimento antes da coleta de dados biométricos e informem aos usuários por quanto tempo os dados serão mantidos.
“A Coinbase criou, coletou e armazenou milhares de ‘modelos de rosto’ – mapas geométricos altamente detalhados do rosto – e impressões digitais de inúmeros residentes de Illinois”, de acordo com a denúncia.
A coleta e o armazenamento desses dados pela empresa expõem os usuários a “riscos de privacidade graves e irreversíveis”, como roubo de identidade, no caso de violação de dados, diz o processo.
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Um porta-voz da Coinbase se recusou a comentar o caso para a Bloomberg.
(Com informações da Bloomberg)