Conteúdo editorial apoiado por

Citi aposta alto em setor que bateu S&P500 nas últimas eleições americanas

Para o banco, conforme as eleições esquentarem neste ano, é provável que tópicos como imigração e o comércio entre países acabem dominando o debate, mas deixem um segmento de fora da "briga"

Bruna Furlani

Publicidade

Os eleitores dos Estados Unidos escolherão mais uma vez entre Joe Biden e Donald Trump para novo presidente do país, e o mercado se movimenta para o que promete ser um ano agitado e turbulento. No Citi, no entanto, há uma aposta clara em um setor que, historicamente, se beneficia de períodos eleitorais.

Para analistas da casa, o aumento da longevidade forçou uma série de transformações e de evoluções dentro do setor de saúde, que passou a focar mais na prevenção do que no tratamento em si. Os avanços fizeram com que o Citi passasse a olhar com atenção para as empresas de destaque do setor.

Segundo relatório divulgado nesta semana, os especialistas da casa contam que recomendaram que clientes considerassem adicionar uma alocação em companhias inovadoras de saúde, com foco maior em tecnologia voltada para a medicina e investimentos em biotecnologia.

Continua depois da publicidade

Embora 2024 seja um ano eleitoral e sejam comuns ataques tanto da direita quanto da esquerda à farmacêuticas, o Citi reforça que o setor de cuidados de saúde tem apresentado um desempenho médio de 3,5%, superior aos 3,2% oferecidos pelas companhias presentes no S&P500, em média, durante os anos eleitorais.

Mas há segmentos dentro do setor de saúde que apresentaram desempenho ainda mais alto, caso de dispositivos médicos e biotecnologia, com performance média de 8,4% e de 5,3%, respectivamente, nos últimos anos de eleição. Para o cálculo, os especialistas do banco levaram em conta o período entre 1992 e 2020.

“Essa observação histórica é consistente com a sabedoria convencional de que os debates sobre candidatos geralmente giram em torno de tópicos básicos de bem-estar, como preços de medicamentos e acesso a cuidados de saúde, enquanto a parte de dispositivos médicos não costuma atrair muita atenção”, pontuaram os especialistas.

Continua depois da publicidade

Para o banco, conforme as eleições esquentarem neste ano, é provável que outros tópicos acabem dominando os debates, como a imigração, o comércio entre países e as taxas que serão cobradas.

2023 difícil e catalisadores para este ano

O otimismo por parte dos analistas do Citi ocorre após um 2023 difícil para as companhias do setor de saúde. Segundo os profissionais, o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos, juntamente com incertezas regulatórias e a crise sanitária provocada pela Covid-19 tiveram reflexo direto nos preços das ações do setor, o que deve mudar neste ano.

“Muitas das questões que atrasaram as ações de saúde são transitórias. Isto cria a possibilidade de um desempenho superior do setor em 2024. Na verdade, o mercado parece já abraçar esta visão como ponto inicial. O desempenho dos papéis está melhorando”, defendeu a equipe de análise da casa.

Continua depois da publicidade

Na visão dos profissionais, há alguns catalisadores que podem ajudar a incrementar a performance do setor, como o sucesso de novas drogas ligadas à perda de peso.

Além disso, a casa pontua que há uma recuperação nos volumes de procedimentos com a melhora da pandemia e a volta dos pacientes após um período marcado por fortes cancelamentos e atrasos de cirurgias.

“Ações de empresas ligadas a dispositivos médicos estão atualmente negociando perto das mínimas históricas desse subsetor, o que cria um potencial de entrada atrativo em nossa visão”, destacaram os especialistas.

ACESSO GRATUITO

CARTEIRA DE BONDS