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O CEO da Binance, Changpeng Zhao, proibiu os colaboradores da exchange de negociar futuros de criptomoedas. O recado foi dado em uma publicação em seu perfil no Twitter na manhã desta sexta-feira (18), em chinês.
“Os funcionários da Binance (incluindo eu) estão proibidos de negociar futuros. A equipe de teste de produto tem uma conta de cota especialmente designada. Nós só seguramos!”, falou o empresário, conhecido no mercado como “CZ”.
A informação foi dada primeiramente pelo jornalista chinês Colin Wu, que cobre o mercado cripto no país asiático. Segundo ele, a exchange também tem regras internas que exigem que todos os funcionários ocupem cargos na empresa por 90 dias antes de fazer negociações.
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“A equipe de segurança interna é responsável por monitorar possíveis atividades comerciais dos funcionários em várias plataformas. Esta é uma política de tolerância zero e será acionada se for encontrada”, disse Wu no Twitter.
Em nota, a Binance disse que vem proativamente construindo uma exchange segura, confiável e em conformidade e que, assim como bancos de investimento, tem uma política de negociação para os funcionários rigorosa. Disse também que a política também passa por revisões e atualizações regulares para garantir que ela atenda ao mais alto padrão de conformidade regulatória do setor.
Binance e derivativos
A relação entre a Binance, maior corretora cripto do mundo por valor negociado, e produtos derivativos é conturbada. Em diversos países do mundo, a corretora cripto trava batalhas judiciais com os reguladores por causa de ofertas irregulares.
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Em março, a Commodity and Futures Trade Commission (CFTC), agência reguladora que supervisiona o mercado de derivativos nos Estados Unidos, entrou com uma ação alegando que a empresa não cumpriu com a obrigação de se registrar junto à agência.
No mês passado, Zhao e o ex-diretor de compliance da exchange, Samuel Lim, entraram com moções judiciais na tentativa de enterrar o processo movido pela CFTC.
A empresa também é processada no Brasil pelo mesmo motivo. Conforme revelado com exclusividade pelo InfoMoney no início do ano, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) reabriu um processo administrativo sancionador para investigar a empresa por suspeita de oferta irregular de derivativos e atuação irregular como intermediária de valores mobiliários.
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O processo aberto pelo xerife do mercado de capitais brasileiro, conforme pesquisa feita nesta sexta, está parado desde fevereiro deste ano. O termo de compromisso (documento que tenta encerrar uma ação na autarquia) encaminhado pela corretora cripto à CVM está em processo de análise.
Em nota, a Binance disse que não oferece derivativos no Brasil, que atua em conformidade com o cenário regulatório local e mantém permanente diálogo com as autoridades para desenvolvimento do segmento de cripto e blockchain no país e no mundo.
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