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SÃO PAULO – A sessão desta quinta-feira (28) também foi de baixa para a maior parte dos fundos imobiliários. O Ifix, índice dos FIIs mais negociados na Bolsa brasileira, acompanhou o Ibovespa e fechou o pregão no campo negativo. No 8º dia consecutivo de queda, o índice encerrou o dia com perdas de 0,26%, aos 2.673 pontos. Na semana, o Ifix cai 1,41% e, no mês, 1,53%. No ano, o índice acumula queda de 6,83%.
Especialistas sugerem cautela aos investidores de fundos imobiliários preocupados com o aumento no ritmo de elevação dos juros no país. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira (27) elevar a taxa básica de juros da economia nacional, a Selic, em 1,5 ponto percentual, para 7,75% ao ano.
A decisão do Copom representa a sexta elevação consecutiva da Selic, que estava em 2% em janeiro, e agora chega ao maior patamar desde setembro de 2017. Também foi a maior elevação da taxa desde dezembro de 2002, quando a Selic teve aumento de 3 pontos percentuais e foi estabelecida em 25% ao ano.
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Tradicionalmente, elevações na Selic estimulam a migração dos cotistas dos fundos imobiliários para aplicações de renda fixa, que se tornam mais rentáveis e oferecem menos risco. No entanto, o comportamento é questionado por especialistas que sugerem disciplina e estratégia de investimentos.
“Você não deve investir mais ou menos em fundos imobiliários por causa da movimentação de apenas um indicador”, orienta Marcos Baroni, chefe de pesquisa em FIIs da Suno Research. “Se você se comprometeu em ter 20% ou 30% do patrimônio em fundos imobiliários, você deve manter a posição independentemente de uma Selic em 6%, 7% ou 8% ao ano”, afirma.
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Na avaliação de Baroni, se o investidor está com dúvida do que fazer em momentos como o atual é porque a estratégia de investimento que adotou está frágil. “Se você está tomando decisão em função de uma movimentação de taxa de juros, que é de curto prazo, certamente você está com problema. Sua convicção está frágil do ponto de vista de estratégia de investimento”, avalia.
Maiores altas desta quinta-feira (28):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
(TGAR11) | TG Ativo Real | Outros | 2,84 |
(HGCR11) | CSHG Recebiveis Imobiliarios | Títulos e Val. Mob. | 2,01 |
(AIEC11) | Autonomy Edifícios | Lajes Corporativas | 1,86 |
(FEXC11) | BTG Pactual Fundo de CRI | Títulos e Val. Mob. | 1,68 |
(OUJP11) | Ourinvest JPP | Títulos e Val. Mob. | 1,66 |
Maiores baixas desta quinta-feira (28):
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Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
(RFOF11) | RB Capital | Títulos e Val. Mob. | -2,51 |
(SPTW11) | SP Downtown | Lajes Corporativas | -2,19 |
(XPCM11) | XP Corporate Macaé | Lajes Corporativas | -2,05 |
(RZAK11) | Riza Akin | Títulos e Val. Mob. | -1,83 |
(BPFF11) | Brasil Plural Absoluto | Títulos e Val. Mob. | -1,69 |
Fonte: B3
BTG Terras Agrícolas compra fazendas no Mato Grosso, Riza paga R$ 70 milhões por imóvel em Goiás e mais notícias
Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:
BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11) investe R$ 101 milhões em duas fazendas no Mato Grosso
O BTG Pactual Terras Agrícolas fechou acordo com o Grupo Bergamasco e adquiriu as fazendas Três Irmãos, em Tapurah (MT), por R$ 80 milhões, e Colibri, em Nova Mutum (MT), por R$ 21 milhões. A soma da área dos imóveis é de aproximadamente 2,1 mil hectares e o valor total da operação alcança R$ 101 milhões.
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De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária, o Estado hoje lidera os rankings nacionais em produção de soja, milho e algodão.
As fazendas serão locadas para o próprio vendedor pelo prazo de dez anos. A remuneração mensal será de aproximadamente R$ 1,01 milhão e terá correção anual pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)
Os aluguéis serão pagos semestralmente pelo locatário, de forma antecipada, e a estrutura do contrato também possui uma opção de recompra da propriedade em favor do Grupo Bergamasco, que poderá ou não ser executada ao final do período de locação.
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Com a compra das propriedades em Mato Grosso, o BTG Pactual Terras Agrícolas estima um impacto mensal nos rendimentos de aproximadamente R$ 0,30 por cota.
Para identificar riscos e oportunidades nas propriedades, o fundo informou que realizou avaliação ESG (ambiental, social e de governança na sigla em inglês). O estudo apontou aspectos positivos nos imóveis, mas também a necessidade de adequação em pontos relacionados à parte socioambiental.
Riza Arctium Real Estate ( ARCT11) paga R$ 70 milhões por imóvel em Goiás
Riza Arctium Real Estate celebrou compromisso com a Aspam Participações e a Goiazem Armazéns para a compra de imóvel de 124 mil metros quadrados em Goiânia (Goiás). O espaço está divido em uma área principal, de aproximadamente 93 mil metros quadrados, e outra área complementar, de 31 mil metros quadrados. O valor total do negócio é de R$ 70 milhões.
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Inicialmente, o fundo pagou R$ 46 milhões pela área principal e o restante do valor será depositado depois da auditoria no espaço e de outros trâmites do processo de compra.
O Imóvel está alugado atualmente para a Aspam, que paga mensalmente R$ 345 mil pela área principal e R$ 180 mil pela área complementar, totalizando, R$ 525 mil.
De acordo com o Riza Arctium, o contrato do imóvel em Goiás prevê opção de compra para o locatário, que poderá ser exercida ao longo do período de locação.
Trisul rescinde contrato com Pátria Edifícios Corporativos (PATC11) em São Paulo
A Trisul manifestou intenção de rescindir o contrato que tem com o Pátria Edifícios Corporativos para a locação dos conjuntos 205, 207 e 208 do Edifício Cetenco, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP). O inquilino ocupa 1,1 mil metros quadrados do Imóvel, ou 9,4% da área bruta locável (ABL) do fundo.
O contrato de locação prevê 6 meses de aviso prévio, além do pagamento de multa rescisória e da devolução do recurso concedido a título de carência no início da locação.
Com as garantias contratuais, o Pátria Edifícios Corporativos afirma que somente será impactado pela rescisão a partir de novembro de 2022, caso o imóvel permaneça vago até a data.
A possível redução nas distribuições do fundo em decorrência da desocupação no Edifício Cetenco é de aproximadamente R$ 0,04 por cota.
Giro imobiliário: inflação do aluguel volta a acelerar e acumula 21% em 12 meses
O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), que serve de parâmetro para o reajuste de contratos de locação de imóveis, voltou a subir em outubro depois da queda de 0,64% verificada em setembro. De acordo com a Fundação Getulio Vargas, a taxa subiu 0,64% neste mês.
André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, afirma que a queda menos intensa registrada no preço do minério de ferro, de -21,74% para -8,47%, colaborou com a aceleração do IGP-M. Ele também aponta o aumento de 6,61%, do preço do diesel que, neste caso, ainda não levou em conta o reajuste anunciado na segunda-feira (25).
Com o resultado de outubro, a inflação do aluguel, como é conhecido o IGP-M, acumula alta de 16,74% no ano e de 21,73% em 12 meses. Em outubro de 2020, o índice havia subido 3,23% e acumulava alta de 20,93% em 12 meses.
A inflação da construção civil, medida pelo INCC, também já havia acelerado em outubro, subindo 0,80%, contra 0,56% em setembro. Os três grupos componentes do índice registraram as seguintes variações nos últimos dois meses: materiais e equipamentos (0,89% para 1,68%), serviços (0,56% para 0,36%) e mão de obra (0,27% para 0,10%).