Central de FIIs: Ifix fecha sessão em baixa de 0,15% e completa quarta semana consecutiva de queda

Confira as informações que influenciam na indústria dos fundos imobiliários hoje

Wellington Carvalho

(conceptualmotion/ Getty Images)
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SÃO PAULO – O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a última sessão da semana no campo negativo, acompanhando os mercados que devolveram parte dos ganhos do pregão desta quinta-feira (11). Nesta sexta-feira, o indicador registrou baixa de 0,16%, aos 2.617 pontos. Na semana, o indicador acumulou perdas de 1,39%. Foi a quarta semana consecutiva no vermelho. No mês, o Ifix cai 2,16% e, no ano, 8,79%.

Maiores altas desta sexta-feira (12):

Ticker Nome Setor Variação (%)
FLMA11 Continental Square Faria Lima Híbrido 5,03
TGAR11 TG Ativo Real Outros 3,56
SPTW11 SP Downtown Lajes Corporativas 3,17
RBRL11 RBR Log Logística 2
ALZR11 Alianza Trust Renda Logística 1,84

Maiores baixas desta sexta-feira (12):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
GTWR11 Green Towers Lajes Corporativas -3,75
RFOF11 RB Capital Títulos e Val. Mob. -2,84
VILG11 Vinci Logistica Logística -2,45
LVBI11 VBI Logistico Logística -2,4
BZLI11 Brazil Realty Títulos e Val. Mob. -2,39

Fonte: B3

Nova emissão do REC Logística, aumento no rendimento do FII Hospital da Criança e mais assuntos

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

REC Logística (RELG11) quer captar R$ 150 milhões em nova emissão

O fundo REC Logística aprovou a realização da quarta emissão de cotas do fundo e pretende captar, inicialmente, R$ 150 milhões.

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O preço de emissão das Cotas será de R$ 95,84. O valor já considera os custos de distribuição primária. No pregão desta quinta-feira, a cota do REC Logística fechou valendo R$ 75,41, com desvalorização de 37% nos últimos 12 meses.

Quem possuir posição no fundo terá preferência para subscrever novas cotas, mas o comunicado da oferta não detalha em qual proporção.

Nesta quinta-feira (11), o REC Logística também havia anunciado que celebrou compromisso de compra de 77% de um imóvel no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia (BA). O ativo imobiliário pertence à Sociedade Simples Nossa Senhora da Conceição Imóveis e o negócio custará R$ 62 milhões.

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De acordo com comunicado ao mercado, o novo espaço já está alugado e, após concluída a transação, a distribuição mensal de rendimentos do REC Logística deverá ficar em aproximadamente R$ 0,88 por cota. Em novembro, o fundo distribuiu R$ 0,80 por cota.

Além dos galpões no Polo Petroquímico de Camaçari, o fundo conta ainda com o REC Log Queimados, também na Bahia, REC Log Cotia (SP) e o REC Log Extrema (MG).

Mudança de índice de reajuste eleva em 10% rendimento do FII Hospital da Criança (HCRI11)

O FII Hospital da Criança anunciou um aumento de 9,9% no rendimento que será distribuído em novembro pelo fundo. O acréscimo é resultado da mudança temporária do indexador que atualiza os valores da locação do Hospital da Criança, em São Paulo (SP).

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A Rede D’OR, locatária do hospital, pediu na Justiça que o valor do aluguel fosse reajustado pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor), e não mais pelo IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), como previsto no contrato. De acordo com decisão no último dia três, a Justiça atendeu, de forma provisória, o pedido da Rede D’OR.

Em outubro, no entanto, a aceleração do IPC, medido pela FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – foi de 1%, maior do que o avanço de 0,64% do IGP-M no mesmo período.

Apesar do resultado, o FII Hospital da Criança reafirma que que recorrerá, dentro do prazo legal, da decisão liminar que determinou a substituição do índice de reajuste.

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O Hospital da Criança é uma unidade pediátrica em funcionamento desde 1998 na capital paulista. Com área construída de 5,5 mil metros quadrados, o prédio possui 90 leitos, maternidade, centro cirúrgico, unidade de tratamento intensivo e enfermarias.

GTIS Brazil Logistics (GTLG11) aluga galpão em Cajamar

O fundo GTIS Brazil Logistics concluiu assinatura para a locação do galpão 17 do Distribution Center Cajamar, localizado no quilômetro 31 da Rodovia Anhanguera, em São Paulo. O espaço, de 6 mil metros quadrados, será utilizado por uma empresa do setor de logística.

De acordo com comunicado ao mercado, o prazo de vigência do contrato é de 36 meses, iniciado em novembro de 2021. Com a locação, a ocupação física do fundo aumenta dois pontos percentuais e alcança 91%.

Após período de carência previsto no contrato, a transação representará uma receita mensal equivalente a R$ 0,018 por cota.

Com patrimônio de R$ 715 milhões, o GTIS Brazil Logistics conta com participação em outros três ativos. Além do espaço em Cajamar, o portfólio do fundo inclui o Centro Logístico Embu, o Distribution Center Baruer e o Distribution Center Rodoanel, todos no Estado de São Paulo.

Dividendos de hoje

Confira os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta sexta-feira (12):

Ticker Fundo Rendimento (R$)
BNFS11 Banrisul Novas Fronteiras 1,26
CXTL11 TRX Caixa Logística 0,78
DLMT11 Del Monte Ajax 0,01
DRIT11 Multigestão Renda Comercial 0,49
HABT11 Habitat II 1,50
HBRH11 Multi Renda Urbana 0,65
HUSC11 Hospital Unimed Sul 0,78
KNCR11 Kinea Rendimentos Imobiliários 0,56
KNHY11 Kinea High Yield CRI 1,35
KNIP11 Kinea Índices de Preços 1,40
KNSC11 Kinea Securities 1,30
MBRF11 Mercantil do Brasil 7,50
ONEF11 The One 0,73
QIRI11 Quatá Recebíveis 0,55
RBED11 Rio Bravo Renda Educacional 1,06
RBFF11 RBR Alpha 0,47
RBRS11 Rio Bravo Renda Residencial 0,42
RBVA11 Rio Bravo Renda Varejo 0,99
RCRB11 Rio Bravo Renda Corporativa 0,95
RRCI11 Rb Capital Recebíveis 0,89
SDIL11 SDI Logística 0,76
SHPH11 Shopping Pátio Higienópolis 4,07
VCJR11 VECTIS Juros 1,19
XPCM11 XP Corporate Macaé 0,21

Fonte: InfoMoney

Giro imobiliário: confiança do investidor de FIIs aumenta, mas desafios do segmento persistem

Pesquisa da Brain Inteligência Estratégica, empresa de pesquisa e consultoria em negócios, aponta que a confiança no investimento em fundos imobiliários se recuperou nos últimos meses, apesar da série de desafios que o segmento tem enfrentado em 2021. O estudo foi apresentado no evento GRI Fundos Imobiliários, realizado em São Paulo (SP) nesta quinta-feira (11).

Além da instabilidade política e fiscal, o estudo aponta a elevação dos juros no país, o desempenho negativo do Ifix e as incertezas em torno da Covid-19 como desafios enfrentados pelo investidor de fundos imobiliários ao longo do ano.

De acordo com o levantamento, realizado em julho, 87% dos entrevistados afirmavam, no final do primeiro semestre de 2021, que seguiriam investindo nos fundos imobiliários. Em 2020, diante do agravamento da pandemia, o percentual era de 77%.

O investidor segue desconfiado com o segmento de shoppings. Embora a percepção tenha melhorado em relação a 2020, 60% dos investidores ainda mantêm menor exposição ao setor. Os FIIs de lajes corporativas aparecem na sequência, com 40%. No entanto, o índice atual do setor de escritório é maior do que o os 17% do ano passado.

A pesquisa também apresentou alguns detalhes do comportamento do investidor de fundos imobiliários. A maior parte, 38%, mantém o produto na carteira entre um e três anos. O nível teve pouca oscilação mesmo durante a fase mais grave até agora da pandemia.

Ainda segundo o levantamento, 95% dos entrevistados afirmam que administram a própria carteira de FIIs e a metade garante que acompanha os investimentos diariamente. 69% dos consultados acreditam na recuperação dos fundos imobiliários em 2022.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.