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O mercado de ativos bancários vem se adequando às mudanças promovidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nas regras de emissões de Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCIs e LCAs) no último dia 1º. Desde então, os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) pós-fixados e atrelados à inflação entregaram retornos mais atrativos aos investidores.
É o que mostra um levantamento feito pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney. A empresa mapeou 253 CDBs emitidos entre 2 e 16 de fevereiro. A comparação com o último levantamento, que rastreou os papéis emitidos entre 18 de janeiro e 1 de fevereiro, mostra que houve oportunidades melhores nas últimas duas semanas.
CDBs pós-fixados
As taxas dos CDBs atrelados ao CDI subiram na última quinzena. Os papéis com vencimento em seis meses ofereceram, em média, 102,61% do CDI ante 100,05% no fim de janeiro, alcançando patamar atrativo, segundo Mayara Rodrigues, analista de renda fixa da XP. “Ainda vale a pena investir nesses papéis; nas nossas contas, o CDI deve atingir média de 10% em 2024, patamar ainda elevado”, diz a especialista.
Os títulos com vencimento em 24 meses pagaram 101,44% do CDI contra taxa média de 100,82% na última leitura. Já nos vencimentos mais longos, a partir de 36 meses, a remuneração média caiu de 101,79% para 101,00%.
Para Caio Schettino, head de alocações da Criteria, “a exposição ao CDI se torna menos interessante conforme o vencimento aumenta”. Ele comenta que a casa recomenda papéis com vencimento em até seis meses.
Retornos de CDBs indexados ao CDI de 02 a 16 de fevereiro | |||||
Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | 91,00% | 98,50% | 103,50% | 33 | Banco Votorantim |
6 | 99,00% | 102,61% | 120,00% | 18 | Banco Master de Investimento |
12 | 90,00% | 101,10% | 112,40% | 45 | BancoSeguro |
24 | 98,00% | 101,44% | 110,00% | 31 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
36 | 90,00% | 101,00% | 108,00% | 28 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
CDBs atrelados à inflação
Apesar do baixo número de emissões (45), os títulos bancários atrelados à inflação podem ser boas opções, segundo a analista da XP: “temos preferência por investimentos atrelados à inflação e isso vale também para os CDBs”.
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Levantamento da Quantum Finance revela que as taxas desses papéis subiram na última quinzena. Os juros reais médios dos títulos com prazo de 24 meses passaram de 5,50% para 5,80% na leitura mais recente. Já os retornos além da inflação em prazos de 36 meses avançaram de 5,85% para 5,95%.
Retornos de CDBs indexados à inflação de 02 a 16 de fevereiro | |||||
Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
24 | 4,80% | 5,80% | 6,35% | 17 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
36 | 4,60% | 5,95% | 6,45% | 28 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
CDBs prefixados
Analistas vêm deixando de lado os bancários prefixados nas recomendações de investimento por não enxergarem prêmio que justifique a compra desses papéis. “Parecem estar bem precificados, oferecendo em torno de 10% ao ano, enquanto a Selic está projetada para 9%. Há uma margem justa”, comenta Rodrigues.
Para afastar ainda mais esses papéis das recomendações, as taxas desses títulos seguem em queda. Os títulos mais curtos, com vencimento em três meses, pagaram, em média, 10,67% ao ano contra 10,85% no último levantamento. Já a remuneração média dos prefixados de 12 meses caiu de 10,38% para 9,88%. Nos mais longos, com vencimento a partir de 36 meses, a taxa média caiu de 11,03% para 10,67%.
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Para quem quer seguir comprando prefixados, analistas recomendam adequações, como procurar vencimentos a partir de 2027, “onde há melhor assimetria na curva de juros atual”, segundo Schettino.
Para a XP, o jeito é buscar prefixados no mercado de crédito privado, com papéis “que entregam prêmios atrativos”, mas Mayara Rodrigues Pondera: “os riscos são maiores, há exposição ao risco de crédito das empresas e a volatilidade é maior”.
Retornos de CDBs prefixados de 02 a 16 de fevereiro | |||||
Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | 9,95% | 10,67% | 11,03% | 10 | Banco Daycoval |
6 | 10,00% | 10,42% | 11,80% | 15 | Sinosserra Financeira |
12 | 9,40% | 9,88% | 10,45% | 16 | Banco Daycoval |
24 | 9,20% | 9,73% | 10,10% | 4 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
36 | 10,06% | 10,67% | 11,23% | 8 | Sinosserra Financeira |