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A remuneração dos CDBs pós-fixados está em queda: se há um mês os papéis com vencimento em um ano pagavam 100,86% do CDI, na última quinzena, a rentabilidade média ficou ainda mais próxima da taxa de referência, caindo para 100,06%. É o que mostra um levantamento feito pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney. O estudo mapeou 203 CDBs emitidos entre 20 de junho e 4 de julho.
O motivo está na procura. “Quando a demanda por esses títulos é alta, os emissores tendem a diminuir a rentabilidade oferecida”, explica Andressa Bergamo, sócia-fundadora da AVG Capital.
Com as taxas encolhendo, é essencial escolher bem os ativos na hora de investir. Para Bergamo, CDBs que pagam 100,06% do CDI não são descartáveis: “se o objetivo é segurança e liquidez, podem ser atraentes por garantirem retorno próximo à taxa básica de juros do mercado, que continua acima de dois dígitos”, diz, lembrando que taxas maiores só serão mais vantajosas se os prazos forem similares.
Mas a avaliação não é consensual. Nas condições atuais do mercado de CDBs, Vinicius Romano, especialista em renda fixa da Suno Research, prefere investir no Tesouro Selic, “porque oferece maior liquidez e segurança com o mesmo nível de retorno”.
Pós-fixados
Na última quinzena, os pós-fixados com vencimento em dois anos pagaram, em média, 100,17% do CDI contra 101,01% no último levantamento. A taxa média dos papéis de seis meses caiu de 102,22% do CDI para 101,95%. O número de emissões também diminui, caindo de 168 para 124.
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Retornos de CDBs indexados ao CDI de 20 de junho a 4 de julho:
Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | 97,50% | 99,65% | 103,00% | 25 | Paraná Banco / Banco Volkswagen / Banco Stellantis |
6 | 97,50% | 101,95% | 120,00% | 15 | Banco Master de Investimento |
12 | 90,00% | 100,06% | 107,00% | 38 | Banco Mercantil do Brasil |
24 | 98,00% | 100,17% | 106,00% | 26 | BancoSeguro |
36 | 99,96% | 102,15% | 107,50% | 20 | Banco Mercantil do Brasil |
CDBs de inflação
Menores em números de emissões, os títulos bancários com remuneração atrelada ao IPCA foram mais ofertados na última quinzena: 37 foram disponibilizados ao mercado ante 23 na quinzena anterior e apenas nove há um mês.
“Acredito que há tendência de maior oferta de CDBs de inflação”, diz Bergamo. O movimento pode ser explicado pela expectativa do aumento da inflação, com investidores buscando proteção contra a alta de preços e bancos diversificando as emissões para atrair mais investidores.
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A taxa média dos CDBs de inflação com vencimento em três anos subiu de 5,98% para 6,13%.
Retornos de CDBs indexados à inflação (IPCA) de 20 de junho a 4 de julho:
Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
24 | 5,40% | 5,85% | 6,42% | 23 | Haitong Brasil |
36 | 5,55% | 6,13% | 6,35% | 14 | Haitong Brasil |
Prefixados
Os CDBs com remuneração fixa tiveram leve diminuição nas taxas. Os títulos de seis meses pagaram 9,99% ao ano contra 10,08% 15 dias antes. Já a taxa média dos prefixados mais longos, de três anos, recuou de 12,40% para 12,25% ao ano.
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Na última quinzena, foram emitidos 42 papéis prefixados contra 44 no período anterior.
Retornos de CDBs prefixados de 20 de junho a 4 de julho:
Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
6 | 9,85% | 9,99% | 10,15% | 5 | Banco ABC Brasil |
12 | 10,25% | 10,86% | 11,40% | 8 | Sinosserra Financeira |
24 | 10,80% | 11,34% | 11,70% | 10 | Haitong Brasil |
36 | 11,95% | 12,25% | 12,70% | 19 | Sinosserra Financeira |