Caso BBOM: lucros prometidos não serão devolvidos, diz Ministério Público

De acordo com o MPF-GO, em caso de possíveis ressarcimentos a associados que compraram rastreadores BBOM, só serão devolvidos os valores investidos

Diego Lazzaris Borges

Ilustração sobre pirâmide financeira
Ilustração sobre pirâmide financeira

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SÃO PAULO – O MPF-GO (Ministério Público Federal de Goiás) informou que, em caso de possíveis ressarcimentos a associados que compraram rastreadores BBOM, só serão devolvidos os valores investidos, e não os lucros prometidos pela empresa.

Venda de rastreador BBOM é suspensa por suspeita de pirâmide

“Para tanto, será oportunamente requerido em juízo que a BBom forneça a relação dos associados que adquiriram pacotes, os valores pagos e dados pessoais, para futuro ressarcimento, proporcionalmente ao que foi bloqueado” diz a nota de esclarecimento publicada no site do MPF-GO, datada do dia 19 de julho.

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O MPF informou que pediu o bloqueio das contas bancárias das empresas e dirigentes do grupo BBom para, se houver condenação judicial, os valores serem rateados entre os consumidores que investiram na empresa.

O Ministério Público orientou ainda a quem adquiriu pacotes ou comprou rastreadores BBom para guardar a documentação e recibos que comprovem os pagamentos. “Esses documentos serão necessários na fase de execução da sentença, quando os interessados deverão, individualmente, comprovar o prejuízo e se habilitarem ao ressarcimento”, diz a nota.

 O caso
O Ministério Público Federal de Goiás conseguiu na justiça este mês a suspensão da atuação da empresa de rastreador via satélite BBOM, sob suspeita de pirâmide financeira. O grupo também está proibido de admitir novas adesões à rede e impedido de realizar novos cadastros e deve divulgar mensagem informando aos internautas sobre a decisão judicial.

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A Justiça Federal determinou que as empresas publiquem em seus websites o comunicado: “Por ordem da Justiça Federal, a BBom está impedida de receber a adesão de novos associados, seja através de seus sites, seja através dos sites de seus associados, bem como de receber as mensalidades cobradas dos associados já admitidos no sistema”

No início de julho, uma força-tarefa formada pelo MPF e pelos MP Estaduais (entre eles, o de Goiás), bloqueou os bens das empresas Embrasystem (nomes fantasias BBOM e Unepxmil) e BBrasil Organizações e Métodos e de seus sócios.

Em nota divulgada na semana passada, a BBom informou que está “tomando as providências judiciais cabíveis para retirar todo e qualquer impedimento às suas atividades” e afirmou  que continua à disposição das autoridades para esclarecimentos. 

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Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip