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O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta quarta-feira (12) em alta de 0,36%, aos 2.764 pontos. Com o resultado, o indicador passa a acumular alta de 0,17% na semana. No mês, o índice opera no vermelho, com baixa de 1,44%.
As emissões dos FIIs totalizaram R$ 47,4 bilhões em 2021, de acordo com dados do Hedge Top FoF 3, fundo imobiliário que monitora mensalmente as ofertas do segmento. O número alcançado no final de dezembro supera o topo histórico de R$ 35,5 bilhões registrado em 2019.
O monitoramento do fundo tem como base tanto as ofertas públicas realizadas pelos FIIs como as restritas aos investidores institucionais.
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De acordo com relatório gerencial do Hedge Top FoF, o volume obtido em 2021 foi impactado por diversas emissões que estavam abertas ao longo de 2021 e foram encerradas em dezembro. Um total de R$ 6,5 bilhões em ofertas segue em aberto, segundo o estudo.
Os fundos de CRI (certificados de recebíveis imobiliários) responderam por 43% do recurso captado em 2021, seguido dos segmentos logístico, com 12% da participação.
Antes da forte valorização de dezembro – em média, de 8,7% – o valor de mercado dos fundos imobiliários em novembro apontava para R$ 128 bilhões, o menor nível desde 2021. O descolamento entre o preço das cotações, representado pelo valor de mercado, e o valor patrimonial dos FIIs reforça a tese dos analistas e gestores, como Caio Castro, da RBR Asset, de que há boas oportunidade de ganho de capital com os FIIs (confira ao longo do Central de FIIs).
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Maiores altas desta quarta-feira (12):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
XPML11 | XP Malls | Shoppings | 3,78 |
HSLG11 | HSI Logística | Logística | 3,52 |
AIEC11 | Autonomy Edifícios | Lajes Corporativas | 3 |
XPIN11 | XP Industrial | Outros | 2,39 |
VTLT11 | Votorantim Logistica | Logística | 1,96 |
Maiores baixas desta quarta-feira (12):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
VIFI11 | Vinci Instrumentos Financeiros | Títulos e Val. Mob. | -5,02 |
RZAK11 | Riza Akin | Títulos e Val. Mob. | -0,91 |
VRTA11 | Fator Veritá | Títulos e Val. Mob. | -0,85 |
ALZR11 | Alianza Trust Renda | Logística | -0,82 |
RCRB11 | Rio Bravo Renda Corporativa | Lajes Corporativas | -0,7 |
Fonte: B3
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Pátria zera vacância de galpão em MG; Atrium Shopping Santo André reduz taxa de administração
Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:
Pátria ( PATL11) zera vacância no Centro Logístico Ribeirão das Neves
A Rio Branco Alimentos, conhecida como Pif Paf Alimentos, assinou contrato para locação de parte do Centro Logístico Refrigerado Ribeirão das Neves (MG), do fundo Pátria Logística.
O contrato de 60 meses, a partir de março, prevê o aluguel das câmaras 04, 05, 06, 07 e 08 e das salas administrativas 6A, 6B, 7A, 7B, 7C, 7D, 8 e 9 do imóvel.
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Com a nova locação, o imóvel de Ribeirão das Neves alcança o percentual de ocupação de 100% e, consequentemente, o fundo zera a vacância do espaço.
A carteira do fundo conta ainda com outros dois imóveis, um em Itatiaia (MG) e outro em Jundiaí (SP), somando uma área bruta locável (ABL) de 151 mil metros quadrados.
De acordo com o Pátria, os contratos de locação do fundo vencem apenas a partir de 2025. 94% dos vínculos possuem correção monetária do aluguel atrelada ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e 6% estão atrelados ao Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).
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Com o novo contrato, a gestão do fundo estima que a distribuição mensal de dividendos em 2022 seja de R$ 0,58 a R$ 0,60 por cota.
Atrium Shopping Santo André (ATSA11) reduz taxa de administração
O fundo Atrium Shopping Santo André comunicou ao mercado nesta terça-feira (11) a redução de 40% da taxa de administração do fundo.
De acordo com o fato relevante, a mudança é temporária e terá validade nos próximos 12 meses contados a partir do dia 1º de janeiro de 2022.
Com a alteração, a taxa de administração do Atrium este ano será de 0,30% sobre o valor de mercado das cotas, atualmente em R$ 97,92.
Com uma ABL de 32 mil metros quadrados, o Shopping Santo André tem atualmente 234 lojas e terminou 2021 com uma vacância de 21%.
Dividendos de hoje
Confira os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta quarta-feira (12):
Ticker | Fundo | Rendimento |
HABT11 | Habitat Recebíveis | R$ 1,30 |
CXRI11 | Caixa Rio Bravo Fundos De Fundos | R$ 0,55 |
VPSI11 | Polo Shopping Indaiatuba | R$ 0,15 |
[ativo=FMOB11] | Immob III | R$ 0,01 |
Fonte: InfoMoney
Giro imobiliário: Expectativa para os fundos imobiliários em 2022 e Aluguel residencial encerra 2021 com queda de 0,61%
“Oportunidade de comprar imóvel barato hoje é por meio dos fundos imobiliários”, afirma gestor
Em momentos de maior turbulência, como promete o ano de 2022, os imóveis tradicionalmente surgem como proteção para os investidores. Se o preço do espaço estiver atrativo, a chance de sucesso no negócio aumenta ainda mais. Atualmente, a melhor oportunidade de unir os dois cenários pode estar nos fundos imobiliários.
O tema foi destaque do painel sobre fundos imobiliários do Onde Investir 2022, evento online promovido pelo InfoMoney, em parceria com a XP Investimentos. O debate contou com a participação de Camila Almeida, responsável pela gestão da área de negócios imobiliários da Habitat, e Caio Castro, membro do comitê de investimentos da RBR Asset. Na avaliação dos gestores, os fundos imobiliários seguem sendo boas opções de investimento este ano.
Na avaliação de Castro, os fundos de “tijolo” – que obtêm renda com aluguéis de imóveis – caíram até 15% no ano passado e vários estão sendo negociados abaixo do valor patrimonial. Por outro lado, o gestor lembra que o custo para construir os imóveis que fazem parte dos portfólios dos FIIs aumentou em 2021.
“O custo de produzir um galpão subiu 17% e você tem os fundos imobiliários neste momento sendo negociados com desconto de até 15% do valor patrimonial”, destaca Castro. “Na Bolsa é o único lugar que você vai conseguir comprar imóveis realmente baratos e ganhar duas vezes”, afirma o gestor.
Aluguel residencial encerra 2021 com queda de 0,61%, aponta novo indicador da FGV
A crise provocada pela pandemia de Covid-19, com reflexos sobre a renda da população, derrubou o valor dos aluguéis residenciais no País. No momento de redução mais aguda, em meados de 2020, os preços acumulavam em 12 meses uma queda superior a 7%, segundo os dados do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), lançado nesta terça-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Após recuperação no segundo semestre, os contratos terminaram 2020 com alta de 4,08%, mas encerraram 2021 com queda de 0,61%.
Segundo Paulo Picchetti, pesquisador responsável pela metodologia do Ivar no Ibre/FGV, o setor imobiliário foi profundamente impactado pelos efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho.
A perda do emprego e a queda na renda levaram a negociações entre inquilinos e proprietários, que resultaram, em sua maioria, em queda ou manutenção dos valores dos aluguéis. “Com a pandemia, a gente sabe que muita gente teve perda de renda muito repentina e muito profunda”, lembrou Picchetti.
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