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Considerados de maior risco, os FIIs high yield Devant Recebíveis (DEVA11), Hectare CE (HCTR11), Versalhes RI (VSLH11) e Tordesilhas EI (TORD11) figuraram em maio entre os principais destaques do mercado. O que explicaria o desempenho que, em alguns casos, se aproximou dos 40% no mês?
Na visão do Itaú BBA, não houve ainda uma mudança estrutural desses fundos – que perderam valor na Bolsa no início do ano após a inadimplência em série de certificados de recebíveis imobiliários (CRI). Em relatório assinado pelos analistas Larissa Nappo e Marcelo Potenza, a instituição sugere cautela com as carteiras.
“De fato, o resultado mensal alcançado por esses ativos foi significativo, mas, em nossa opinião, trata-se de uma recuperação de perdas anteriores, num clássico ‘caiu muito, vamos comprar’”, detalha o documento. “Ou seja, não vemos como uma mudança estrutural no fundamento desses fundos, que continuam com risco de crédito alto e uma relação de risco e retorno, a nosso ver, pouco atrativa”, completa o texto.
Larissa e Potenza reforçam preferência por fundos de “papel” com perfil high grade – de menor risco. Segundo eles, O cenário de crédito ainda está estressado e novos problemas de inadimplência, assim como o da Gramado Parks, podem aparecer no curto prazo.
A empresa de turismo está em recuperação judicial e concentrou boa parte dos CRIs inadimplentes presentes nos portfólios dos FIIs high yield. Em maio, as carteiras comunicaram ao mercado o plano de executar as garantias dos CRIs que apresentaram problema.
Antes disso, HCTR11, DEVA11, TORD11 e VSLH11 registraram perdas mensais que chegaram a 30%.
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“[Diante disso], ressaltamos nossa preferência por fundos de ativos financeiros high grade”, confirma relatório do Itaú BBA. “Acreditamos que a relação de risco e retorno apresentada pelos fundos high grade faz mais sentido do que a apresentada pelos fundos high yield”, finaliza o texto.
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