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(Nota da redação: O episódio 33 do podcast Outliers conta com uma novidade: foi o primeiro gravado em inglês – com uma versão dublada para o português também disponível. Confira!)
SÃO PAULO – Com sede em Boston, a Wellington Management é hoje uma das maiores gestoras do planeta, com mais de US$ 1,3 trilhão sob gestão, dividido entre fundos de ações, renda fixa, multimercados e private equity, entre outros.
Brendan Swords, CEO global da gestora americana, estava prestes a se aposentar na data da gravação do episódio, mas topou participar da conversa deste 33º episódio do podcast Outliers porque, com 29 anos de Wellington, talvez seja uma das pessoas que mais entenda sobre seus processos, sua cultura, o modelo de sociedade e como as mais de 50 áreas de gestão da empresa conseguem trabalhar de maneira colaborativa entre si.
Formado em Matemática, Brendan acabou desenvolvendo grande parte de sua carreira em áreas mais comerciais e, nos últimos dez anos, esteve em papéis de liderança da empresa, chegando ao cargo de CEO.
Ao falar sobre a visão central da casa sobre o cenário econômico atual, Brendan considera estarmos em um contexto de início de ciclo e, ao analisar os fundamentos, vê os Estados Unidos liderando a recuperação global, com a Europa um pouco atrás e os mercados emergentes mais atrasados. “Acho que esta visão macro pode ser bem construtiva, mas os preços já refletem bem as boas notícias.”
Pelo lado dos riscos, afirma que o principal recai sobre a temática de inflação, considerando uma situação mais estrutural, além de eventuais variantes da Covid-19 que não sejam tratadas pelas atuais vacinas e um governo americano gastando além do que deveria.
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Federação de Butiques
Com origem nos idos de 1928 e quase 3 mil colaboradores, a Wellington Management se orgulha e propaga bastante o modelo de sociedade que, segundo Brendan, é um dos principais pilares para o sucesso da gestora, junto com a cultura muito mais amigável do que se vê na média das empresas do mercado financeiro.
“Diria que as duas coisas mais diferentes, e as duas coisas que são mais difíceis para os concorrentes imitarem, são o modelo de sociedade e a cultura, e acho que os dois estão completamente interligados”, afirmou o CEO.
Sobre a diferenciação de cultura, ele acrescentou: “Diria que se trata de uma cultura de coleguismo, voltada para a equipe, é um lugar onde as pessoas levam a sério seus deveres fiduciários, mas não se levam tanto a sério. É um lugar humilde, onde se faz a coisa certa”. E frisou: “é uma cultura de aprendizado, não uma cultura de culpar os outros”.
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Outra característica marcante é o que Brendan nomeou de “Federação de Butiques”, em referência ao fato de que cada célula de gestão dentro da Wellington possui autonomia para implementar seus próprios processos de investimento, ainda que sejam bastante incentivadas em paralelo a colaborar entre si.
“Não temos a figura de um head de investimentos ou um CIO, o que é interessante. Temos o que chamamos de uma estrutura formada por ‘uma comunidade de butiques’, então, em vez de um diretor de investimentos principal que sabe de todos os mercados e supervisiona todos os fundos, decidimos ter toda uma série de butiques especializadas e com autonomia própria.”
Brendan conta que essa colaboração entre áreas que, aparentemente, mal teriam contato no dia a dia em outras instituições, só é possível na Wellington pelo fato de o modelo de sociedade alinhar todos os profissionais. “Quando você pensa no líder de outra butique, você lembra que essa pessoa é também seu sócio, e você quer ajudar a ser bem-sucedido.”
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Atualmente, a gestora oferece no Brasil o acesso a seis diferentes estratégias de ações internacionais e um fundo multimercado global, sendo o maior e o mais antigo o Wellington Ventura Advisory FIA IE, um fundo de ações globais.
O podcast Outliers é apresentado por Samuel Ponsoni, gestor dos fundos Selection na XP. Este episódio contou ainda com a participação de George Kerr, responsável pela operação da gestora Compass no Brasil. A entrevista completa e os episódios anteriores podem ser conferidos pelo
Spotify, Deezer, Spreaker, Apple e demais agregadores de podcast.
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