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Brasileiro conta como ficou sócio de Donald Trump em negociação de apenas 3 minutos

Empresário e mentor Ricardo Bellino conta como foi atribuído R$ 78 milhões à sua marca, integralizados ao capital social de sua empresa

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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Ricardo Bellino, empresário, dealmaker e mentor, ficou conhecido por fechar negócio em 3 minutos e tornar-se sócio de Donald Trump em um projeto imobiliário. Ele contou em detalhes como conseguiu essa façanha em artigo publicado pelo InfoMoney.

No programa Stock Pickers, com apresentação de Lucas Collazo e Henrique Esteter, Ricardo Bellino relatou sobre o “IPO pessoal” e como se tornou uma marca milionária. “Fui provocado por um mentorado a registrar o meu sobrenome Bellino”, conta ele.

Valor intrínseco

O aluno disse ao mentor que a marca pessoal tinha um valor intrínseco “muito importante” e insistiu de registrar seu nome por ser um ativo.

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“Ele me convenceu e registrei num número importante de categorias”, destaca. Tempos depois, foi informado que agora era proprietário de seu nome, com registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) pelos próximos 10 anos.

O mentorado que havia feito a sugestão do registro e que trabalhava na área de propriedade intelectual, tinha uma metodologia empírica de avaliação semelhante à usada para as empresas.

Ele pegou a história de Ricardo Bellino, sua trajetória de 35 anos, aplicou a metodologia e avaliou questões não contábeis e não fiscais. “Ele entregou o relatório e atribui à minha marca o valor de R$ 78 milhões”, diz.

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Conceito de goodwill

Isso foi um passo para o empresário começar a pesquisar o conceito de goodwill, do ativo intangível dentro do valor das companhias.

“A história mais emblemática era do grupo Walt Disney. O Walt Disney, naquele momento, tinha um valor de mercado na New York Stock Exchange (NYSE) de US$ 250 bilhões, sendo que US$ 110 bilhões naquele dia era atribuído aos ativos intangíveis, ou seja, não eram parques nem marcas registradas ou personagens”, explica.

“Chamei meu advogado e meu contador e disse que tinha um conjunto de registros, que conferem um título de uma propriedade e tem uma avaliação pericial com o valor. Assim, gostaria de integralizar isso no meu balanço patrimonial”, conta.

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Bellino diz que o processo foi deferido pela junta comercial e sua empresa de participações teve aumento de capital social em R$ 78 milhões.

Ricardo Bellino tornou-se sócio de Donald Trump em um projeto imobiliário. Foto: Reprodução You Tube

Human IPO

Ele também pesquisou sobre uma startup chamada Human IPO sediada em Los Angeles, que transacionava acesso à conteúdo de marca. Pelé, inclusive, era uma das marcas negociadas. Pelo sistema, podia-se comprar uma conversa de meia hora por Zoom (programa de videoconferência) com o maior jogador de futebol de todos os tempos.

“Achei espetacular”, afirma. Tempos depois Ricardo Bellino fez IPO de sua marca na bolsa de Portugal.

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“Comecei a transacionar essas ações em experiências em mentorias. Agora consegui precificar a hora, institucionalizar meu preço e ter uma referência”, explica.

“O que importa não são os R$ 78 milhões de reais (valor de sua marca), não são os US$ 5 mil a hora (precificação de sua mentoria na bolsa), mas sim, e mais uma vez, poder falar que reputação vale dinheiro”, afirma.

Ser reconhecido

“Construir uma trajetória de vida com valores negociáveis, com relacionamentos transparentes, com esse goodwill entre pessoas e não entre negócios, pode valer muito dinheiro”, complementa.

Para Bellino, é importante entender que sua melhor marca é a de si próprio e as outras pessoas precisam reconhecer isso. Caso negativo, “elas vão bajulá-lo temporariamente enquanto for conveniente por dar acesso a alguma coisa que lhes interessa”.

“Todos deveriam ser dealmakers porque se não serão entregadores e empurradores de produtos de prateleira”, finaliza.

Ricardo Bellino é atualmente mentor de um curso de negociação do InfoMoney e da XP Educação.

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