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SÃO PAULO – “Se endereçar a reforma da previdência você tem crescimento de lucro. O efeito do juro composto nisso contra um CDI baixinho é pró-cíclico. Em quatro anos você pode dobrar o valor do investimento. Se der certo, é tão bom e o ciclo é longo”, afirmou Fábio Spinola, gestor da Apex, que participou da edição especial do programa Papo com Gestor (confira a entrevista completa no vídeo abaixo).
“O que não está precificado é ter um cenário em que nenhum candidato tenha capacidade de endereçar a reforma da Previdência, a solução para as contas fiscais. Teremos que ficar atentos”, disse. Mesmo no cenário incerto e a perda de -4,76% do Ibovespa no primeiro semestre, Spinola conseguiu obter lucros no mercado acionário. O fundo Apex Infinity 8 Long-Biased acumulou ganhos de +13,27% no primeiro semestre.
“A regra do jogo é ‘vamos errar’. Na teoria, carteira é isso, mas você tem que acertar mais do que errar. Estamos aqui por causa disso, muita gente ficou pelo caminho”, conta.
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Ações favoritas
Fábio Spinola, da Apex, Marcelo Cavalheiro, da Safari, e João Braga, da XP, gestores de três dos melhores fundos de ações do primeiro semestre, contaram que o segredo do bom desempenho é ter o “timing” certo para comprar ou vender ações e se despir dos preconceitos com empresas que não são exatamente uma unanimidade no mercado. Para Spinola, esses papéis para o segundo semestre são: Itaú (ITUB4), Rumo (RAIL3), CVC (CVCB3), Suzano (SUZB3) e Fibria (FIBR3)
As ações da Suzano foram um vetor importante para a performance dos três fundos no primeiro semestre – o papel saltou 141,8% no período – e devem continuar como uma boa opção para o portfólio da segunda metade do ano. “Olhando as duas empresas isoladas, acho que Suzano está bem precificada e a Fibria está extremamente barata. Quando você olha as duas combinadas, está muito barata. A nossa decisão de manter as duas é por acreditar que Cade vai dar ok para a fusão e as autoridades externas também. Se isso não acontecer, você está protegido com a Fibria, que vai subir barbaramente”, avalia Spinola .
Spinola destaca a geração de caixa “extremamente forte” das empresas. “As duas empresas combinadas operam a 4x ebitda [enterprise value], levando em consideração o preço de celulose de US$ 750 [por tonelada] e um cambio médio de R$ 3,50”, calcula o gestor que aloca o dobro da quantidade que tem em Suzano em Fibria.
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A opção por Itaú reside, principalmente, em sua capacidade de pagar dividendos elevados. “O Itaú tem crescimento baixo de lucro, mas tem dividendo muito alto e esse carrego te dá essa proteção. Como filosofia de investimentos, gostamos de olhar crescimento de lucro, dividendos e expansão de múltiplo. São os três principais pilares do preço da ação”, diz.
Sobre Rumo, Spinola explica que carrega as ações da empresa há algum tempo e conta que elas se beneficiaram da dinâmica de preços. “O micro está dizendo que tem valor ali e o gerenciamento diz que vai entregar, seja com crescimento de lucro ou de dividendos”, diz.
O gestor conta ainda que tem ações da CVC há algum tempo e que o mercado penalizou muito o preço da ação, enquanto o resultado da companhia continua bom. Mesmo com a desaceleração no ritmo da atividade econômica, a empresa deve ter boa performance. “Se não dá para viajar para fora, viaja dentro. A quantidade de destinos turísticos no Brasil é enorme e o turismo já ocupou uma parte da cesta de consumo brasileiro”, avalia.
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Veja o Papo com Gestor especial – com Fábio Spinola, da Apex, João Braga, da XP Gestão, e Marcelo Cavalheiro, da Safari – no vídeo abaixo:
O Papo com Gestor é um programa de entrevistas semanais apresentado por Thiago Salomão, editor-chefe do InfoMoney. O programa é fruto de uma parceria com a XP Investimentos e trará toda semana uma entrevista com gestores que estão se destacando dentro da lista de fundos da plataforma digital da XP.