Bitcoin bate recorde de US$ 75 mil em reação à vantagem de Trump nas eleições dos EUA

Criptomoeda dispara em meio a expectativas de volatilidade e projeções de vitória republicana em estados-chave

Paulo Barros

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O Bitcoin (BTC) alcançou um novo recorde ao tocar US$ 75 mil na madrugada desta quarta-feira (6), impulsionado pela expectativa de que o ex-presidente Donald Trump poderia estar ganhando vantagem na apuração das eleições presidenciais dos EUA. A criptomoeda chegou a subir 9% em relação às 24 horas anteriores. Por volta das 3h30, rondava os US$ 74.700.

O crescimento da criptomoeda coincidiu com os resultados iniciais das eleições, que indicaram vitórias de Trump em estados-chave como Carolina do Norte e Geórgia, segundo projeções da NBC News. Enquanto os resultados em outros estados decisivos seguem indefinidos, a possibilidade de os republicanos retomarem o controle do Senado também alimentou o otimismo entre investidores de criptomoedas, considerados favoráveis à administração republicana.

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As ações da Coinbase subiram 3% nas negociações após o fechamento do mercado, enquanto a MicroStrategy avançou 4%, refletindo o entusiasmo em torno dos ativos digitais. Segundo Ryan Rasmussen, chefe de pesquisa na Bitwise Asset Management, “a eleição está tendo uma influência massiva no mercado cripto. Espera-se que o Bitcoin – e o mercado cripto em geral – apresente volatilidade nos próximos dias, até que tenhamos resultados eleitorais definitivos.”

Investidores esperavam alta no preço do Bitcoin em caso de vitória de Trump, que é visto como pró-cripto e se posicionou como aliado do setor. Em contrapartida, um resultado favorável à vice-presidente Kamala Harris poderia trazer riscos de baixa para a criptomoeda, dadas as percepções de sua postura menos alinhada ao setor.

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Além da expectativa de mudanças políticas, o histórico sugere que o Bitcoin tem registrado grandes retornos nos 90 dias subsequentes às eleições. Em 2012, 2016 e 2020, a criptomoeda obteve valorizações de 87%, 44% e 145%, respectivamente, após o dia das eleições. Esse padrão ocorre parcialmente devido aos ciclos de halving do Bitcoin, que reduzem a oferta da moeda e tradicionalmente ocorrem em anos eleitorais, além de estarem alinhados com mudanças nas políticas monetárias do Federal Reserve.

Paulo Barros

Jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP. Tem trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk. No InfoMoney, é editor com foco em investimentos e criptomoedas