Bitcoin: alta não é por “varejão” e a US$ 100 mil ainda estará barato, diz Hashdex

Para CEO da gestora do HASH11, há otimismo para além do governo Trump nos EUA, já que o novo legislativo também será muito mais amigável com as criptomoedas

Paulo Barros

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Após subir cerca de US$ 20 mil nos últimos dias, o Bitcoin (BTC) não parece ter perdido o fôlego mesmo após encostar em US$ 90 mil. Para a gestora Hashdex, dona do HASH11, segundo maior ETF da Bolsa brasileira, o movimento, no entanto, ainda não reflete a entrada do investidor comum, e é impulsionado principalmente por institucionais. Por isso, avalia, a alta ainda está longe de terminar – mesmo quando (e não “se”) a criptomoeda atingir o patamar de US$ 100 mil.

“O Bitcoin a US$ 100 mil é muito barato no cenário onde vira uma reserva de valor efetiva, adotada pelo mainstream. E aparentemente está indo nesse caminho”, disse Marcelo Sampaio, CEO da casa, ao InfoMoney nesta terça-feira (12) durante o Web Summit, que acontece em Lisboa nesta semana. “O Bitcoin, sendo tecnicamente uma reserva de valor melhor que alternativas tradicionais, pode atingir valores muito maiores se for amplamente adotado,” comentou.

A disparada vem na esteira da vitória de Donald Trump para um novo mandato nos Estados Unidos, que prometeu transformar o país em uma referência para o setor de criptoativos. Mas o executivo observa que a expectativa por uma regulação mais favorável está ligada também a um novo legislativo mais amigável.

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“Não é uma questão partidária, mas fruto de um trabalho contínuo, principalmente do Vale do Silício, para educar candidatos sobre o potencial e a importância da regulação das criptomoedas,” afirma.

O catalisador das eleições atraiu as atenções até mesmo da tradicional Verde, gestora do renomado Luis Stuhlberger. A gestora disse em carta mensal que montou uma pequena posição com exposição ao Bitcoin antes do pleito americano. Para Sampaio, inciativas como essa serão cada vez mais comuns, à medida em que grandes gestores comecem a ver as criptos como uma nova classe de ativos, ampliando suas alocações para incluir essa oportunidade de diversificação global.

“É um mercado líquido e global, menos dependente de um país específico, o que oferece vantagens e riscos próprios,” explica Sampaio.

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A Hashdex recomenda que investidores, pequenos ou grandes, adquiram posições pequenas em relação ao portfólio – e não se limitem ao Bitcoin. “O mercado de cripto é muito maior que o Bitcoin; novos projetos, que talvez ainda nem existam, também têm grande potencial”.

Às 16h35 desta terça-feira, o Bitcoin era negociado a cerca de US$ 89.800, o maior patamar da história, com ganho acumulado de 28% nos últimos sete dias.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos