BC deveria ser proativo e ajuste de 1,5 ponto na Selic é “suficiente”, diz Azevedo

Executivo destacou que credibilidade e ruídos são "acessórios" e que modelos apontam necessidade de alta

Bruna Furlani Monique Lima

(Foto: Divulgação/Expert XP)
(Foto: Divulgação/Expert XP)

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A recente discussão de que o Banco Central deveria elevar os juros tomou conta do mercado e foi tópico de conversa entre gestores na ExpertXP 2024, neste sábado (31). Para Rodrigo Azevedo, sócio-fundador da Ibiuna Investimentos, o momento atual pede que o BC deveria atuar como se comprasse um “seguro” em termos de juros para se preparar, se algo der errado.

“Eu tenho uma forte preferência de achar que nesse momento do Brasil, o BC tinha que ser proativo. Se esse é o caso, os nossos modelos sugerem que um ajuste na casa de 1,5 ponto percentual [até o fim do ano] seria suficiente para você atravessar esse período de maiores incertezas a frente, com maior segurança que a inflação está indo para a meta”, destacou Azevedo.

Segundo Azevedo, o balanço de riscos tem se mostrado assimétrico e os modelos apontam que a Selic poderia ser mais alta. Com a elevação prevista por Azevedo, a Selic chegaria ao patamar de 12%.

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Apesar dos ruídos recentes na comunicação do BC terem trazido dúvidas ao mercado acerca da magnitude da alta, o gestor defendeu que os ruídos recentes são “questões acessórias”.

“Independentemente de questões como credibilidade, tem muito ruído, isso são questões acessórias. O principal é olhar o processo de tomada de decisão”, destacou.