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As quatro maiores instituições financeiras do país – Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) – registraram um lucro consolidado de R$ 26,8 bilhões no segundo trimestre deste ano. Este é o maior valor nominal já atingido por este conjunto de empresas na história, de acordo com levantamento feito pela Elos Ayta Consultoria.
Com um lucro gigantesco acumulado, investidores já começam a se questionar sobre o valor a ser pago em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) por cada banco e qual será a instituição com o maior rendimento por ação em 2024.
A seguir, confira o que especialistas consultados pelo InfoMoney apontam em relação aos proventos dos grandes bancos para este ano.
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Banco do Brasil
De janeiro a julho, o Banco do Brasil já distribuiu R$ 7,4 bilhões em proventos, segundo levantamento da plataforma Meu Dividendo – valor nominal inferior ao do Itaú e do Bradesco. No entanto, o dividend yield projetado para o Banco do Brasil, neste ano, é de 10,45%, o maior entre todas as instituições bancárias.
O dividend yield projetado é uma estimativa do rendimento de uma ação apenas com o pagamento de proventos. Vale lembrar que essa métrica só é válida se a companhia tiver lucro igual ou superior ao dos últimos 12 meses, e continuar com a mesma política de distribuição de dividendos.
“Existe uma perspectiva de que o Banco do Brasil possa aumentar o seu payout (proporção porcentual do lucro pago aos acionistas), num horizonte de médio prazo, já que o seu acionista controlador, o Estado Brasileiro, necessita de recursos para diminuir o déficit público”, disse Milton Rabelo, analista de investimentos na VG Research.
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O BB foi uma das ações de dividendos recomendadas para agosto por seis entre 11 gestoras consultadas. Em relatório recente, Bruno Lima, analista sênior de ações do BTG, justificou sua aposta no banco com base no seu valuation ainda relativamente atraente, o forte histórico do BB na entrega do guidance, o RoE de cerca de 20% e a mensagem da administração sobre o pico de lucros. “Acreditamos que o ativo possui um bom suporte de valuation”, disse.
Bradesco
Na semana passada, o Bradesco ignorou o pânico nos mercado e chegou a subir 8% na sessão posterior à divulgação dos seus resultados. O Banco apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre, uma alta de 12% na comparação trimestral.
No caso dos proventos, entre janeiro e julho o banco distribuiu R$ 7,43 bilhões aos investidores. O dividend yield estimado para este ano é 7,55%.
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“O Bradesco têm mantido um desempenho sólido em termos de distribuição de dividendos. A estratégia da instituição tem sido equilibrar a necessidade de reinvestimento com a remuneração dos acionistas. O banco tem se beneficiado de uma estrutura de holding que permite uma maior flexibilidade na distribuição de proventos, acumulando lucros de várias subsidiárias”, falou Fabio Murad, sócio da Ipê Avaliações.
Itaú
Enquanto isso, o Itaú pagou, de janeiro a julho deste ano, R$ 22,3 bilhões em proventos aos acionistas, o maior entre os quatro bancos. O dividend yield estimado para 2024, no entanto, é de 7,5%, o terceiro da lista.
No caso do Itaú, segundo Rabelo, da VG Research, existe um nível de incerteza sobre o nível de distribuição dos proventos e do payout. Conforme ele, a gestão da empresa informou que pode haver pagamento de dividendos extraordinários e que o total deve ser divulgado no quarto trimestre, mas há dúvidas sobre o montante exato.
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“A magnitude desses proventos extraordinários depende de diversos fatores, como capacidade de crescimento da carteira e eventos regulatórios. Dessa forma, o management (diretoria) sinaliza claramente que o payout será aumentado para distribuir o excesso de capital acumulado, porém não se sabe exatamente até que nível”, disse.
Santander
por fim, o Santander Brasil, que depositou R$ 1,5 bilhão em proventos aos acionistas na semana passada, fica na lanterninha tanto na lista de pagamentos de dividendos e JCP como na expectativa para 2024.
Entre janeiro e julho, a instituição bancária distribuiu R$ 4,5 bilhões em proventos aos investidores. Já o dividend yield estimado para 2024 é de 6,25%.
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