Bancos prometem fundos com ganhos, mesmo com mercado desfavorável

O último a lançar fundo no perfil foi o Itaú, que ainda dispensa fatores subjetivos na tomada de decisão por parte do gestor

Flavia Furlan

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SÃO PAULO – Não é de hoje que os bancos prometem aos clientes produtos com ganhos, mesmo com o mercado desfavorável. Agora, foi a vez do Itaú. O banco lançou nesta segunda-feira (4) um fundo de investimento que dispensa critérios subjetivos na gestão e promete rendimentos quando o mercado não está favorável. O Kinea Sistemático se baseia em estratégias quantitativas.

“Os modelos estatísticos permitem a adoção de processos racionais de investimentos, sem a interferência de fatores subjetivos na tomada de decisões por parte do gestor”, explicou presidente da empresa de investimentos do banco, a Kinea, Márcio Verri.

De acordo com ele, o fundo analisa informações financeiras e padrões históricos de comportamento dos ativos. O valor mínimo de investimento fixado foi de R$ 50 mil para o fundo que é multimercado. A taxa de administração é de 1,5% ao ano e a taxa de performance de 20% do excedente do CDI.

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Retorno acima do mercado

Há baixa relação entre o fundo e outros multimercados. “No mês a mês, o histórico de desempenho das estratégias do fundo é comparativamente bem diferente dos outros fundos do mercado. Assim, como composição de uma carteira de investimentos, o produto pode reduzir o risco total da carteira, agregando retorno adicional”, explicou Verri.

A expectativa é de que o fundo gere retornos superiores ao do CDI, com volatilidade de 4% ao ano.

Ganhos com mercado desfavorável

Outro banco que garante ganhos quando o mercado está desfavorável é o Santander, que lançou no mês passado o Ganha-Ganha, em que o cliente tem rendimento de 50% da variação do Ibovespa na alta e na baixa, além de garantia do capital investido após um ano sem resgate. O rendimento está limitado à variação máxima positiva de 40% e de 10% na negativa.

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Clientes do ABN Amro Private Banking e investidores capacitados também ganham com o sobe-e-desce do Ibovespa no Fundo Capital Protegido 2. Neste caso, são oferecidas quatro possibilidades de retorno: se houver alta de 35% no índice, o cotista ganha 100% desta valorização e, se houver queda até 35%, o cotista também ganha 100%. Outra alternativa é: se houver baixa de 20% no período, haverá retorno equivalente a 100% da baixa.

Os cotistas ainda podem ter retorno pré-fixado, no caso de o Ibovespa ter valorização acima de 35%. A instituição estima que o retorno será de aproximadamente 109% do CDI. A última possibilidade é de, se o Ibovespa cair abaixo de 20% e apresentar retorno abaixo de zero, o investidor receberá todo o capital investido.

Outra aplicação do mesmo perfil que também já está fechada para captações este ano é o Fundo de Investimento Multimercado Smart 6, disponível para clientes do HSBC que tenham R$ 5 mil para aplicar inicialmente. No fundo, o cliente ganha 100% da variação positiva do Ibovespa, limitada a 35%. Se a alta for de 20%, o cotista recebe um ganho superior ao do índice.

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Porém, se a Bolsa subir mais de 20% ao final de 24 meses, o investidor perde o direito de se apropriar dessa valorização, para ficar com um retorno pré-fixado. Se a Bolsa tiver um retorno negativo, o investidor terá o capital investido de volta.

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