SÃO PAULO – A renda fixa segue como o porto seguro do investidor brasileiro em 2019. Ainda que a taxa de juros esteja em seu menor nível histórico, de 6,5% ao ano, o investimento nesta classe de ativos continua atraindo milhões de investidores.
E não é para menos. Opções para todos os gostos e perfis de risco não faltam: desde os títulos pós-fixados, que servem como reserva de emergência e que não oferecem nenhum risco de perda com as oscilações da curva de juros; até os prefixados e atrelados à inflação com prazo mais longo – ótimos para quem olha para o longo prazo ou quer fazer um trade curto apostando na direção certa do juro futuro.
Para se ter ideia, os ganhos com alguns títulos do Tesouro Direto chegaram a 90% em dois anos. Nada mal para um título de renda fixa garantido pelo Governo Federal.
Para Alan Ghani, Economista, PhD em Finanças e professor do curso Tesouro Direto com Ganhos Turbinados no InfoMoney, retornos desta magnitude serão mais difíceis em 2019.
No entanto, ele aponta que existe a possibilidade de ganhos expressivos, principalmente se a reforma da previdência for aprovada. “Quem acredita na aprovação da reforma e quiser assumir um pouco mais de risco, vale apostar no Tesouro Prefixado 2025 ou no Tesouro IPCA 2035”, afirma.
Segundo Ghani, caso a reforma seja aprovada, as taxas destes papéis devem cair devido à diminuição do prêmio pelo risco que não está todo precificado na curva. Com isso, quem comprou antes ganha mais dinheiro se vender no momento certo.
Na opinião de Roberto Indech, analista-chefe da Rico Investimentos, as LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) seguem como opção interessante nas carteiras de perfil conservador e moderado.
A grande vantagem destes títulos é que eles são isentos de Imposto de Renda – o ganho é líquido na conta do investidor. Além disso, eles possuem garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que funciona como um seguro para aplicações de até R$ 250 mil – se o emissor falir, o investidor recebe o dinheiro de volta.
Isso dá mais tranquilidade para o investidor buscar títulos que paguem um retorno mais elevado, mesmo que sejam emitidos por bancos menores.
Nas carteira mais agressivas, Indech aconselha a inclusão de títulos um pouco mais arriscados – os CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio).
Ambos costumam ter um prazo de vencimento mais longo, muitas vezes acima de 5 anos. Assim como as LCI e LCA, estes títulos também são isentos de Imposto de Renda para o investidor pessoa física.
No entanto, eles não possuem a garantia do FGC. Portanto, é preciso se atentar para a qualidade do emissor antes de decidir pelo investimento.
Outra boa opção para quem aceita correr um pouco mais de risco são as debêntures. Estes títulos são emitidos por empresas e seu risco depende exclusivamente da capacidade de pagamento destas companhias – portanto, é fundamental se atentar ao rating da emissão e à qualidade da empresa emissora. Vale lembrar que as debêntures ligadas a projetos de infraestrutura são isentas de imposto de renda.
A pedido do InfoMoney, Indech montou algumas sugestões de investimento em renda fixa para 2019 baseado no perfil de risco do investidor. Todas elas estão disponíveis na plataforma de investimentos da Rico – abra sua conta, é de graça!
Conservador | Moderado | Agressivo |
CDB com liquidez diária | Fundo de crédito privado | Fundos indexados à inflação |
Tesouro Selic | LCI/LCA | Debêntures |
Fundos de renda fixa | CRI/CRA | Debêntures de infra |
LCI/LCA | Debêntures | |
Debêntures de infra |