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Texto de Gustavo Nobre Tapajós, planejador financeiro pessoal com certificação CFP®(Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros. Gustavo é sócio da Ação Investimentos.
Estamos chegando no final de um ano bastante difícil para a economia brasileira, um 2014 de crescimento quase nulo, inflação em alta, taxas de juros crescente e alta da moeda forte frente ao real. Nesses momentos turbulentos o investidor sempre busca um porto seguro para se proteger contra os riscos, por isso, o ano de 2015 deve ser o ano da renda fixa.
Com a alta recente da taxa de juros e a perspectiva de novos aumentos durante o próximo ano, os investimentos com juros pós-fixados devem prevalecer na carteira dos investidores, bem como aqueles ligados a inflação, que deve permanecer no limite do teto fixado pelo governo, de 6,5%.
Dentre as principais opções podemos citar as LFTs (Letras Financeiras do Tesouro), os fundos DI, os Certificados de depósitos bancários (CDBs), as Letras de credito imobiliários (LCIs), as Letras de crédito do agronegócio (LCAs) e as Letras de Câmbio (LCs), todas essas aplicações acompanham a oscilação da taxa Selic e devem se beneficiar de um possível aumento na taxa de juros.
Algumas dessas opções, como as LCAs e LCIs ganham destaque pois seus lucros são isentos de IR para pessoas físicas e tem a garantia do FGC até o valor de R$ 250 mil, sendo uma opção atraente, porém com liquidez restrita para determinados prazos. Quem também entra na garantia do FGC são as LCs, que rendem em torno de 125% do CDI e se tornam uma bela alternativa.
Como grande parte dos investidores ainda possuem a poupança na carteira, vale a pena o comparativo com os produtos citados acima, com risco quase idênticos. Com a alta da taxa de juros e possíveis novos aumentos, a poupança perde cada vez mais a atratividade que teve no ano de 2013, isso se dá pois a remuneração é fixa em 0,5% + TR, ou seja, uma rentabilidade em torno de 0,6% líquida de IR ao mês, um retorno muito baixo que pode inclusive ficar abaixo da inflação. Enquanto nos investimentos pós fixados esses valores chegam a 0,9% ao mês já isentos de IR. Portanto, vale a pena reavaliar o investimento visando maiores retornos.
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Quando pensamos em prazos mais longos, para a aposentadoria, surgem oportunidades atreladas a inflação, como as NTNBs que mantem o poder de compra do dinheiro ao longo do tempo acrescidos de juros.
Temos que notar que a diversificação é muito importante, pois não vamos acertar sempre qual o melhor investimento e sempre conseguiremos manter uma carteira de investimentos equilibrada. Além disso, a análise de seus objetivos pessoais com esses investimentos é de extrema importância, pois os prazos de resgate variam bastante e você pode perder rentabilidade caso venha precisar dos valores antes dos vencimentos dos títulos.
Boas escolhas e um ótimo ano a todos !!
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O texto reflete as opiniões do autor. O Infomoney não se responsabiliza pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.
Gostou das explicações? Tem mais dúvidas sobre investimentos e planejamento financeiro? Mande um e-mail para o Gustavo: gtapajos@acaoi.com.br