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Após um mês de correções, investidores entram em outubro mirando o crescimento do Ibovespa nos últimos três meses do ano. Analistas pregam cautela, mas apontam mais fatores positivos que vão influenciar a precificação das ações do que pontos de preocupação no mês que tem desempenho médio de 2,16% nos últimos 10 anos.
Considerando os momentos distintos das políticas monetárias no Brasil e Estados Unidos, atenção à política fiscal brasileira e o início da temporada de balanços, as corretoras recomendaram ações de empresas já consolidadas em seus setores. Quatro das cinco ações mais indicadas são pagadoras de dividendos.
Todo mês o InfoMoney compila as carteiras recomendadas das principais corretoras para mostrar os cinco papéis mais recomendados. Desta vez, houve empate triplo na liderança e duas ações deixaram a lista: Vivara (VIVA3) e Banco do Brasil (BBAS3).
Confira a seguir as cinco empresas mais citadas em outubro, a quantidade de recomendações e os desempenhos de cada papel em setembro:
Empresa | Nº de recomendações | Retorno em setembro |
Petrobras (PETR4) | 5 | -8,53% |
Vale (VALE3) | 5 | 6,59% |
Itaú (ITUB4) | 5 | -1,60% |
Cyrela (CYRE3) | 3 | -5,95% |
JBS (JBSS3) | 3 | -9,62% |
Petrobras (PETR4)
O BB Investimentos monitora a queda no preço do petróleo, que ainda segue acima do suporte de US$ 70, patamar que “garante excelentes retornos para a Petrobras”. A corretora diz enxergar boas perspectivas de crescimento da produção e baixo custo de extração como gatilhos para que a estatal siga entregando boa geração de caixa e elevando retorno ao acionista.
Vale (VALE3)
Esta não é a ação preferida da Ágora no setor de siderurgia e mineração. Apesar de preferir a Gerdau (GGBR4), a corretora também recomenda a compra de Vale após o anúncio de um novo CEO antes do esperado e “maior confiabilidade dos ativos mostrada durante o roadshow com investidores”. A Ágora ainda destaca a revisão para cima na projeção de produção de minério de ferro em 2024 e “maior confiança” em atingir o nível de 340 a 360 toneladas de produção em 2026.
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Itaú (ITUB4)
Para o BTG Pactual, o Itaú quer deixar de ser um seguidor de tendências para se tornar o banco líder em inovação no Brasil. O “combo de crescimento e alta rentabilidade” nos resultados do segundo trimestre faz o BTG recomendar a compra do papel.
Cyrela (CYRE3)
Apesar da Selic em alta, as corretoras seguem aprovando os fundamentos da Cyrela. “Acreditamos no potencial de crescimento da receita impulsionado pelo desempenho operacional, especialmente pela melhoria da margem bruta devido ao lançamento de projetos mais rentáveis em 2024”, diz relatório da Terra Investimentos. As concorrentes Cury e Direcional receberam apenas uma recomendação de compra, do BB Investimentos.
JBS (JBSS3)
Novidade na lista, a processadora de proteínas entregou resultados melhores do que o esperado no segundo trimestre, segundo o Santander. O banco elevou o preço-alvo para 2025 de R$ 45 para R$ 49 após uma nova estimativa de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) 10% acima da anterior. A possível listagem nos Estados Unidos também atrai, já que “poderia preparar a empresa para uma nova fase de crescimento”.